Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca...
Minha alma assenta-se no cordão da calçada
E chora,
Olhando as poças barrentas que a chuva deixou.
Eu sigo adiante. Misturo-me a vocês. Acho vocês uns amores.
Na minha cara há um vasto sorriso pintado a vermelhão.
E trocamos brindes,
Acreditamos em tudo o que vem nos jornais.
Somos democratas e escravocratas.
Nossas almas? Sei lá!
Mas como são belos os filmes coloridos! (Ainda mais os de assuntos bíblicos...)
Desce o crepúsculo
E, quando a primeira estrelinha ia refletir-se em todas as poças d'água,
Acenderam-se de súbito os postes de iluminação!
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
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Um comentário:
democratas e escravocratas...
é verdade, até que ponto não reproduzimos as mesmas hierarquias que há cem anos atrás??? ora, historicamente, cem anos não são muita coisa... a mentalidade do século VI é bem semelhante à do séc VII, e a do séc XV á do séc XVI.. e não é muito diferente com a mentalidade do início do séc XX e do séc XXI. trago aqui a instigante experi~encia que o filme "quanto vale ou é por quilo" traz. para mim, é isso que ele nos remete: acordemos!acordemo-nos! nossas práticas "democraticas", ou democratas não estão muito diferentes às escravocratas, escravocráticas...
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