quarta-feira, 25 de junho de 2008

Inscrições abertas para o PROCAN

Inscrições abertas para o PROCAN

Pessoas que desejam participar do Processo Seletivo UEMG e necessitam de isenção da taxa de inscrição e/ou preferem concorrer a vagas na universidade pelo sistema de reserva de vagas (cotas) podem inscrever-se no PROCAN (Seleção Socioeconômica para candidatos ao Processo Seletivo 2008/2009 da UEMG) até 4 de julho neste site.

O PROCAN destina-se ao atendimento de candidatos comprovadamente carentes, que apresentem renda mensal por pessoa do núcleo familiar no valor de até 1 ½ (um e meio) salário mínimo. São pré-requisitos para participar ter concluído o Ensino Médio ou equivalente (ou estar cursando o 3º ano do Ensino Médio).

As vagas disponíveis para o sistema de reserva de vagas estão distribuídas em três categorias, dentre as quais o aluno deverá optar por uma, em decorrência de sua situação socioeconômica.

• Categoria 1 - afro-descendentes, desde que carentes: 20% (vinte por cento) de reserva de vagas,
em cada curso de graduação;
• Categoria 2 - egressos de escola pública, desde que carentes: 20% de reserva de vagas, em cada curso de graduação;
• Categoria 3 - portadores de deficiência e indígenas: 5% de reserva de vagas em cada curso de graduação.

O percentual de vagas destinadas à isenção da Taxa de Inscrição no Processo Seletivo
UEMG/2009 será correspondente a 10% (dez por cento) do total das vagas estabelecidas para todas as unidades participantes do Processo Seletivo 2008/2009.

O processo consta de duas fases. Na primeira, o candidato deverá preencher o questionário eletrônico e enviar, em até três dias após inscrição no site, os documentos comprobatórios previstos em edital para o endereço (PROCAN/UEMG/2009- Rua Rio de Janeiro, 1801, Bairro Lourdes – CEP 30160-042 – BELO HORIZONTE- MG). Na segunda fase haverá aferição da documentação e análise técnica dos contextos sociais e familiares; além de entrevistas e visitas domiciliares, quando necessárias.

Uma relevante alteração em relação aos outros anos é a indicação de nota de corte única para todos os participantes do Processo Seletivo 2008/2009, independentemente da habilitação pelo PROCAN, que será de 58 pontos, considerado o total fixado para as provas gerais de múltipla escolha e para a redação.

Os habilitados pelo PROCAN poderão, então, inscrever-se no Processo Seletivo 2008/2009 e concorrer a vagas com candidatos que se apresentem na mesma categoria, democratizando, dessa forma, o acesso à universidade pública, sem penalizar os demais candidatos.

O resultado final deste processo será disponibilizado pela UEMG, até 15 de agosto de 2008, neste portal, mediante acesso pelo número de inscrição
do candidato.

LINKS

Inscrições
Edital



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"Hoje não temos mais a opção entre violência e não-violência. É somente a escolha entre não-violência ou não-existência" Martin Luther King

" O importante  não é o que você sabe ou pensa em fazer, mas o que você faz  a respeito do que pensa" Len Roger


DIOGO OLIVEIRA
Geógrafo
(31) 87173264

segunda-feira, 23 de junho de 2008

o senador pela República Democrática do Congo, na UFMG

A FAFICH recebe hoje e amanhã o senador pela República Democrática do Congo, o Sr. 
ERNEST WAMBA DIA WAMBA. O Sr. Dia Wamba também é pesquisador no Congo e nos dará uma palestra amanhã no auditório Sonia Viegas, duração de 2 horas (começando as 14:00) com abertura para perguntas. O tema será: "POLÍTICA AFRICANA CONTEMPORÂNEA". Teremos tradução simultanea francês-português e a presença de pesquisadores interessados na problemática africana do Rio de Janeiro. Assim, segue em anexo o convite formalizando o evento. Acredito ser uma ótima oportunidade para conhecer melhor o que vem ocorrendo na África Contemporânea.
 
Cordialmente
 
Bruno Cabral

sexta-feira, 20 de junho de 2008

OFICINA EIXO2 NA EFA PAULO FREIRE





a roda da vida


Aluno do IGC (meu amigo ALVES!) é premiado em salão de humor

sexta-feira, 20 de junho de 2008, às 12h25


UFMG-BOLETIM


O aluno do curso de Geografia da UFMG Evandro Alves foi o vencedor do 16º Salão Universitário de Humor de Piracicaba, organizado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). O resultado foi divulgado no dia 6 de junho. Com o trabalho Bicho também é gente, Alves ganhou um troféu e mil reais em dinheiro, prêmio concedido pelo júri aos dois melhores trabalhos do Salão, e foi também o vencedor da categoria história em quadrinhos (HQs). Ele concorreu com mais de 300 estudantes do Brasil e do exterior.

Foi a segunda vez que Alves venceu o Salão Universitário de Piracicaba. A primeira premiação no evento aconteceu em 2006, na categoria charge. O estudante de Geografia também já venceu o Salão Internacional de Humor de Pernambuco, em 2007, com charge sobre o aquecimento global. No mesmo ano, foi primeiro lugar dos quadrinhos no salão de Varginha e, em Volta Redonda, num dos mais antigos e tradicionais salões de humor do país, ficou em primeiro nos quadrinhos e em segundo nos cartoons. Evandro ainda venceu outra destacada competição: a do Salão Internacional de Piracicaba de 2003, quando ficou com o primeiro prêmio da categoria tiras e o segundo nas charges.


Evandro Alves começou a publicar quadrinhos e charges em 1993, no jornal Folha da Verdade, de Lagoa Santa. Trabalhou no Estado de Minas entre 96 e 99, e no Diário da Tarde como free lancer. Atualmente, publica no Super Notícias, na coluna Bola Murcha, de segunda-feira, e no caderno Supimpa, que sai no domingo. Já trabalhou como roteirista dos quadrinhos da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa.


O estudante conta que quer aliar o trabalho com os quadrinhos à atuação profissional como geólogo. No Instituto de Geociências (IGC) da UFMG, Alves desenvolve a monografia Cerrado em quadrinhos, sobre o uso das HQs na educação ambiental.


Cotistas são humilhados por professor no Direito-UFRGS

Cotistas foram humilhados por um professor no direito-UFRGS

Abaixo mando alguns relatos:
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Relato informação que chegou até mim hoje pela manhã, a respeito de lamentável incidente envolvendo estudantes cotistas do Direito e um professor.
 
O ocorrido foi hoje pela manhã, ao final da aula dos bixos. Passo ao relato dos fatos. O professor Ben-Hur Rava (conhecido no Direito por sua arrogância e polêmico por outros problemas criados em relação aos alunos), ao ser indagado por 3 estudantes (cotistas) sobre delimitação da matéria da prova da disciplina (economia política), respondeu com uma pergunta: "o Sr. vem da Ulbra?". Ante a negativa, o professor perguntou: "passaste por vestibular ou recebeste uma ajudinha?". Diante da surpresa dos presentes com as perguntas idiotas, ele explicou que "com esse sistema de cotas, que parece muito legal, muitos estudantes desqualificados ingressaram na UFRGS", sugeriu que estes tinham preguiça de estudar e avisou que "não quero saber se fez supletivo ou se é semi-alfabetizado, se acham que vão conseguir um diploma da UFRGS na moleza, estão muito enganados, vão continuar comendo grama".
 
Tudo isso tudo foi dito em voz alta, presenciado por cerca de 15 testemunhas!
 
Já existia um histórico de humilhações de alunos por parte deste professor, mas, desta vez, passou de todos os limites!
 
Conversei hoje mesmo com alguns de seus alunos, inclusive uma das cotistas que estavam presentes no momento, e estão dispostos a comprar essa briga. Este professor tem contrato até o fim do ano com a Faculdade, mas temos que exigir sua exoneração imediata. Já conversei tbm com o Marcos, nosso advogado, e vamos pra cima tbm judicial e administrativamente . Paralelamente, precisamos mobilizar para que surta efeito, pois, do contrário, é bem provável que fique tudo numa boa, como de costume nos "feudos" do Direito. E isso nós não podemos admitir. Punição exemplar já, para que não se repita em lugar algum desta universidade este tipo de absurdo!
 
 
Saudações indignadas,
Cristiano

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DIOGO OLIVEIRA
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

QUESTÃO RACIAL -MUNIZ SODRÉ

QUESTÃO RACIAL
Anotações sobre um gesto pós-racial

Muniz Sodré

Nunca a grande imprensa brasileira falou tanto sobre a questão racial quanto agora. De algum tempo para cá, o tema comparece em editoriais, artigos, crônicas, reportagens, dando ou não seguimento a acontecimentos significativos, como a ida de um grupo de intelectuais ao Supremo Tribunal Federal para entregar um manifesto contra as cotas que favorecem negros nas universidades.

As posições favoráveis e contrárias já são mais ou menos conhecidas (embora não tanto as motivações profundas dos opositores). Mas uma notícia que pode ter passado despercebida é capaz de lançar uma luz nova sobre o assunto: a atriz Marília Pera convidou o ator negro Lázaro Ramos para um dos papéis principais da peça The Vortex, que será encenada no Rio. O personagem a ser vivido por Lázaro é, no texto, branco, de família tradicional inglesa (O Globo, 9/6).

O notável do fato é que, até agora, o universo ficcional brasileiro tem obedecido ao cânone da verossimilhanç a sócio-histórica. Este pode ser exemplificado da seguinte forma: um fictício presidente da República não seria jamais interpretado por um negro (em peça, drama televisivo, cinema, filme etc.) por infringir a regra do verossímil, que apontaria para a evidência (meia-evidência, na verdade...) de que nunca houve um primeiro mandatário negro no Brasil. Ora, se se trata de ficção, por que atender aos requisitos da realidade histórica? A televisão norte-americana tem dado uma resposta singular à questão, ao colocar um negro como presidente da República numa série policial (24 Horas). Agora, é a vez de Marília Pera romper o cânone.

O corner do binarismo

A iniciativa da atriz é de natureza "pós-racial". Primeiro, tem implícito o pressuposto - corretíssimo - de que raça só existe uma: a humana, distribuída numa miríade de cores ou fenótipos, dos claros aos escuros. Depois, a escolha obedece apenas a critérios técnicos de adequação do ator ao personagem, e não à verossimilhanç a fenotípica. Um ser humano de carne e osso vai viver um outro, feito de imaginação e papel, no teatro. Lázaro Ramos já havia sido protagonista do filme O Homem que Copiava, de Jorge Furtado, sem que tenha sido levantada em qualquer passagem do roteiro a questão da cor da pele. Aos olhos do espectador, um homem, simplesmente um homem, relaciona-se com outros em proximidade, desracializado.

Há uma coincidência singular entre o fato referente à peça inglesa e o momento histórico em que o negro-mestiço Barack Obama é indicado como candidato do Partido Democrata à presidência da República dos Estados Unidos. "Negro-mestiç o" para nós, "negro" para o sistema classificatório norte-americano (onde vige a one drop rule, ou seja, uma gota de sangue negro define racialmente o sujeito), Obama merece, assim como Lázaro Ramos, o epíteto de "pós-racial". Isto quer dizer que não racializou a sua campanha, apesar das tentativas dos adversários no ring das primárias, de levá-lo ao corner do binarismo racial.

Análises e soluções diferenciadas

Tudo isso pode soar aos desavisados como base argumentativa contra as cotas no Brasil. Não é bem assim. Um artigo do cantor e compositor Martinho da Vila (O Globo, 10/6) no dia seguinte ao da notícia da peça também traz luz para o assunto. Martinho conta de seu espanto, na primeira viagem aos Estados Unidos, ao ver estampados em cartazes, nas ruas e em lugares de destaque, as imagens de negros socialmente proeminentes. Espantava-o o grau de visibilidade pública de cidadãos uma vez descritos pelo escritor Ralph Ellison como "homens invisíveis". Isto não se dá por acaso, nem por pura e simples graça do poder: os negros, com todas as suas contradições internas, empenharam-se durante gerações na luta por direitos civis igualitários.

Ora, dirão, esse binarismo radical que ensejou a luta por direitos mais civis nos Estados Unidos não é o caso brasileiro. O que é a mais absoluta verdade e contraria a que se apliquem aqui, sem mais nem menos, critérios válidos para a realidade norte-americana, tal como a "regra da gota única de sangue". Mas da mesma maneira não se pode invocar o "pós-racialismo" de Obama para dizer que o Brasil já dispõe há muito da fórmula agora encontrada pelo candidato democrata. São realidades diferentes, que induzem a análises e soluções diferenciadas. A boa saúde mental e cívica recomenda uma pausa nos reflexos especulares do centro do Império.

"Relação social de raça"

Uma pausa dessas pode servir para pensar que possivelmente o gesto pós-racial da atriz Marília Pera tenha sido "sobredeterminado" (uma múltipla determinação, em que o fenômeno Obama pode até ter tido algum peso) pela conjuntura sócio-político- cultural que a temática das cotas suscitou no Brasil.

Desde o Prouni, ganhou foro público a questão da cidadania de segunda classe, de sua exclusão sistemática das oportunidades historicamente concedidas aos que já nascem "cotados" ou "patrimonializados" pela cor socialmente valorizada. Mas as cotas de agora - recurso, para mim, provisório - representam uma estratégia de visibilidade mais forte, esta que os Estados Unidos de algum modo já obtiveram, sem, entretanto, resgatar a maioria negra de seus bolsões de pobreza, nem diminuir esse mal-estar civilizatório que é a discriminação racial. O conceito científico de raça acabou, mas não acabou a "relação social de raça", isto é, o senso comum atravessado pelo imaginário racialista.

Visibilidade valorizada

Os intelectuais que, em jornais ou na academia, formaram um ativo bloco orgânico para pregar contra as cotas, não desconhecem o fato de que a cidadania, conceito eminentemente político, nasce no solo da visibilidade dos membros de uma comunidade: o sujeito visível tem voz pública; o invisível, não. O escravo grego não podia ser cidadão porque não dispunha do "capital" de visibilidade suficiente (naturalidade da língua, da fratria etc.) para falar na ágora.

A decisão sobre quem pode ou não falar, ser visto e ocupar os lugares do privilégio, é de natureza estética, no sentido radical desta palavra. Na raiz, estética e política coincidem. Uma política de cotas não implica que se acredite na existência de raças, e sim que as diferenças estético-fenotí picas têm conseqüências para a igualdade dos cidadãos. Sobre a branquitude da paisagem eurocêntrica projeta-se alguma "colorização" de espaços - fonte do espanto de Martinho da Vila, ponto de partida de uma visibilidade valorizada.

Não se pode realmente acreditar que as cotas venham resgatar a situação socioeconômica dos escuros e desfavorecidos, nem resolver o problema da introjeção histórica dos estereótipos racistas. O exemplo do pós-racialismo é algo de fato desejável, pode ser uma meta. Mas não é algo que esteja aí à disposição dos interessados, como uma espécie de fruto natural gerado pela suposta boa consciência daqueles que dizem temer a "racialização" da sociedade brasileira. Em termos coletivos, será o resultado de lutas e cotas em que venham a envolver-se também empresas e outras instituições pertinentes, além do Estado. A visibilidade valorizada é um começo razoável.

 

quarta-feira, 18 de junho de 2008

SEGUNDO MARTINHO DA VILA..

Nas minhas primeiras andanças pelo mundo, o que mais me impressionou foram
rostos negros em cartazes luminosos em Nova York e em veículos de propaganda
espalhados por aquele país, bem como ver famílias negras em seus próprios
carros, alguns de último tipo. Nas lojas e butiques, vi pretos trabalhando e
até encontrei um amigo de BH, o negro Josias, gerenciando um supermercado.
Havia muitos pretos nas universidades e em cargos de chefia. Entrei num
banco e vi neguinho na cadeira do gerente e nos caixas, o que nunca havia
visto nos bancos onde tinha contas. Vi gente como eu nos três poderes e
quase não acreditei ao saber que o prefeito da capital, Washington, era um
negão. Enquanto por aqui ainda há empresas que não admitem negros.
De volta ao Brasil, procurei me informar sobre Malcon X, Luther King e então
entendi a fala do Abdias do Nascimento e outros líderes dos diversos
segmentos do nosso Movimento Negro.

"RODA VIVA" NA INTERNET

Veja no endereço http://www.rodaviva.fapesp.br o projeto "Memória Roda Viva", uma iniciativa conjunta do Labjor/Unicamp, Fapesp, Fundação Padre Anchieta e Nepp/Unicamp que disponibilizará, na íntegra, todas as entrevistas feitas pelo programa "Roda Viva" da TV Cultura. O programa, no ar desde 1986, apresenta semanalmente entrevistas com personalidades, brasileiras e estrangeiras, de diferentes áreas e tendências político/ideológica, com total liberdade de opinião e de escolha dos entrevistados e entrevistadores, só possível numa emissora pública como a TV Cultura, o que transformou o "Roda Viva" num importante painel do pensamento contemporâneo. O projeto prevê, além de finalizar a inclusão de todas as entrevistas feitas nesses 21 anos, a atualização constante do site com as novas entrevistas, e tem como objetivo disponibilizar o conteúdo – textos integrais acrescidos de verbetes, referências, fotos e pequeno vídeo – possibilitando acesso livre para pesquisadores, estudantes e interessados em geral, num sistema de fácil navegação. Objetiva-se, também, criar um registro importante da história recente, assegurando sua preservação definitiva.

domingo, 15 de junho de 2008

Os perigos do Google como único filtro da realidade...( e o tal "Ctrl C & Ctrl V" na pesquisa)




Procurar qualquer coisa naquele retângulo mágico do buscador Google. Se não aparecer nada talvez
"a informação que buscamos não exista". Será?


"No início do terceiro milênio, estamos diante de uma situação única na história, que faz com que
uma corporação privada da América determine a maneira pela qual buscamos informações". Assim
começa a primeira parte da "Pesquisa sobre os perigos e oportunidades apresentados pelos
programas de busca na internet (Google, em particular)", desenvolvida ao longo do ano passado
pelo Instituto de Sistemas da Informação e Computação da Universidade de Tecnologia de Graz, na
Áustria. O projeto foi coordenado pelo Prof. Hermann Maurer e financiado pelo Ministério
austríaco dos Transportes, Inovação e Tecnologia – o estudo completo pode ser baixado aqui:
http://www.iicm.tugraz.at/iicm_papers/dangers_google.pdf.

A pesquisa questiona uma atitude natural dos usuários da intenet: procurar qualquer coisa naquele
retângulo mágico do buscador Google. Se não aparecer nada talvez "a informação que buscamos
efetivamente não exista". Será?

O objetivo do trabalho, cujos resultados foram pouco divulgados pela mídia corporativa, é
demonstrar o comportamento monopolista da empresa Google, além de denunciar o que os
pesquisadores chamaram de "Síndrome Google de Copiar e Colar". Trata-se da emergência de uma
geração de "pesquisadores" que limitam-se a fazer uma colcha de retalhos de informações pinçadas
no Google, travestidas de trabalhos escolares ou acadêmicos, sem ao menos citar as fontes.

A apresentação da pesquisa austríaca vai direto ao ponto: "para qualquer um que encare a questão
fica claro que o Google acumulou um poder que acabou se constituindo numa ameaça à sociedade", já
que transformou-se na principal interface entre a realidade e o pesquisador na internet. O Google
tem o monopólio dos programas de busca e invade massivamente a privacidade das pessoas. Sem
enfrentar limitações de qualquer natureza, o Google conhece particularidades dos indivíduos mais
do que qualquer outra instituição, "transformando-o na maior agência de detetives do planeta". A
influência do Google na economia é direta, principalmente na maneira pela qual os anúncios são
exibidos (quanto mais a empresa pagar, maior visibilidade o anúncio terá). Aliás, parte do seu
faturamento, superior a 16 bilhões de dólares em 2007, deve-se à sua estratégia de publicidade
online através dos links patrocinados.

Hierarquia

Desde o primeiro programa de buscas na internet, o Altavista, lançado em dezembro de 1995,
vive-se a sensação do dado bruto transformar-se em conhecimento, em informação viva. Com o
aparecimento do Google, fundado em 1998 pela dupla Larry Page e Sergey Brin, jovens doutorandos
da Universidade Stanford, na Califórnia, passou-se para um outro patamar de programas de busca.
Brin definiu que as informações na web deveriam ser organizadas numa hierarquia de popularidade.
Ou seja, quanto mais um link leva a uma página específica mais a página merece ser ranqueada nos
resultados do programa de busca. Outros fatores, como o tamanho da página, número de mudanças,
atualizações constantes, títulos e links no texto foram incluídos na programação (algorítmo) do
Google. Lentamente o programa implantou um processso de hierarquização das informações que passou
a ser aceito sem contestações. Em março de 2007 o Google atingia 53,7% do mercado dos buscadores
da rede (segundo dados da Nielsen/ NetRatings).

Considerando-se que muitas das informações que circulam na internet partem de indicações do
Google ou da Wikipédia (a grande enciclopédia de conteúdo "aberto" da internet), Stephan Weber,
co-autor do projeto da Universidade de Tecnologia de Graz, denuncia uma espécie de "Googlarização
da realidade", já que existem fortes indícios que o Google e a Wikipédia operam a partir de uma
espécie de parceria. Os pesquisadores escolheram ao acaso 100 verbetes em alemão e outros 100 em
inglês do índice de A a Z da Wikipédia e colocaram estas palavras-chave em quatro grandes
programas de busca (Google, Yahoo, Altavista e Live Search). O Google registrou 91% dos
resultados das entradas da Wikipedia (em alemão). Para os sites em inglês os resultados atingiram
76% de registros no Google. "Parece evidente que o Google está privilegiando os sites da
Wikipedia em seu ranque", concluiu a pesquisa, seguida pelo Yahoo (56% em alemão e 72% em
inglês).

Plágio

A segunda seção da pesquisa dedica-se à emergência de uma nova técnica cultural e suas
implicações sócio-culturais: o plágio (a tal síndrome do "Copiar e Colar") e suas relações com os
conceitos contemporâneos de propriedade intelectual. O estudo cita o caso de um ex-aluno de
psicologia da Universidade Alpen-Adria de Klagenfurt, na Áustria, que elaborou a sua tese de
doutorado com mais de cem fragmentos copiados da internet. As primeiras páginas da tese eram uma
colagem de vinte sites, muitos dos quais sem o menor rigor científico. Diante do plágio, a
universidade passou a aplicar um software alemão de detecção de cópias chamado Docol©c (
http://www.docoloc.de/), cujos resultados ainda estão sendo testados.

A proposta prática da pesquisa é a de reduzir a influência do Google a partir do desenvolvimento
de outros programas de busca especializados na Europa, desvinculando a hierarquia comercial do
livre fluxo de dados públicos que circulam pela internet.

Assim como o estadunidense Gerg Venter, dono da empresa Celera, pretende mapear o código genético
de tudo o que é vivo para patentear e vender, o Google parece querer codificar todas as
informações circulantes no planeta, segundo critérios que nem sempre privilegiam o interesse
público. Mais do que enfatizar o Google como "a empresa do séc.XXI", a Universidade de Granz
presta um grande serviço ao conscientizar os internautas dos limites e perigos dessa estratégia
e, ao mesmo tempo, conclama os pesquisadores a uma ação imediata que impeça a "googlalização da
realidade".


Silvio Mieli é jornalista e professor da faculdade de Comunicação e Filosofia da Pontifícia
Universidade Católica (PUC - SP).

Publicado originalmente no jornal `Brasil de Fato` (02/06/2008)










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Não sei se porque estamos em maio, não sei se porque faz 40 anos de 68, não sei se porque o Ramón foi atingido por uma bala perdida, mas li um artigo num jornal e um pedacinho dele, em especial, me chamou a atenção: "Esses balaços que pipocam pela cidade não têm ideologia, como certa vez tiveram paralelepípedos e bombas de gás lacrimogêneo em Paris e no mundo. Carecem de sentido. São produto da mesma estupidez que vem impedindo que manifestações e passeatas sejam realizadas num estado democrático de direito, sob reação quase inexistente da sociedade civil. Não são apenas os revolucionários de 68 que deveríamos superar e enterrar. Os reacionários também."
Um abraço!
Analise
(31) 91228012
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"Hoje não temos mais a opção entre violência e não-violência. É somente a escolha entre não-violência ou não-existência" Martin Luther King

" A neutralidade não existe em ciência social, pois prefiro seguir o conselho de Gramsci: ter uma posição e a partir dela efetuar os movimentos teóricos-analíticos da interpretação". Chico de Oliveira



DIOGO OLIVEIRA
Geógrafo
(31) 87173264

quinta-feira, 12 de junho de 2008

PROPOSTA P/ COMEMORAR O 1° SEMESTRE DO GRUPO REXISTENTIA!

MANDERLAY NO SESSÃO PIPOCA JUNHO??? SERÁ????

DEPENDE DE SUA VOTAÇÃO PARA O FILME, O DIA E HORÁRIO!

POSTE UM COMENTÁRIO VOTANDO NESTE FILME!




"Manderlay" é o último filme de Lars Von Trier, o segundo da Trilogia sobre a América, que teve o seu ponto de partida em "Dogville".

Nesta sequela mantêm-se os mesmos traços estético-formais iniciados em "Dogville". Ou seja, a utilização de cenários abstractos e minimais, a câmara em mão e a divisão do filme em capítulos. Fico, aliás, feliz por ver Von Trier afastar-se cada vez mais do absolutizante e céptico movimento "dogma 95", preferindo, ao invés, usar os seus artifícios de uma forma casuística e menos limitativa a priori.
Acho a ideia dos cenários brilhante, no sentido em que, eliminando a ausência de barreiras espaciais entre edifícios permite aquilo a que, com algum arrojo, chamarei de "nova profundidade de campo" e que vem, em minha opinião, inovar, de um ponto de vista criativo, o percurso da linguagem cinematográfica.

Se em "Dogville" vimos Von Trier iniciar um discurso de comprometimento contra os Estados Unidos (aliás, já "Dancer in the Dark" aproveitara deste discurso), em "Manderlay" assistimos à continuidade desta lógica.
"Dogville" tinha sido um ensaio sobre o poder e a sua mecânica de auto-corrupção, um ensaio sobre as premissas da natureza humana. "Manderlay" é exactamente o mesmo, mas com um pano de fundo diferente, a questão da escravatura.
São interessantes as explanações de conceitos políticos que podemos encontrar, tanto em "Dogville", como em "Manderlay", mas admitamos que estão um pouco "gastas". Von Trier é um idealista, ou pelo menos aparenta sê-lo, pena que se comprometa com ideais, falaciando os seus argumentos. Não que me diga muito a "democracia americana", mas não posso concordar com nenhuma análise tendencial, como é hábito no Sr. Von Trier... Em "Manderlay", Von Trier até faz transparecer o aspecto de que os temas serão tratados com alguma honestidade intelectual, mas cedo percebemos que é só aspecto... Aliás, outra coisa não seria de esperar de alguém que elege, como cavalo de batalha, a crítica a um país onde nunca esteve...
Concluindo este ponto, penso que "Dogville" e "Manderlay" teriam tudo para serem verdadeiros manifestos políticos e acabam por não passar de meras parábolas morais... Mas, afinal de contas, convenhamos que não será ao cinema que compete a elaboração de manifestos políticos e que, no que diz respeito à arte cinematográfica propriamente dita, "Dogville" e "Manderlay" são dois grandes filmes.
Em "Manderlay", Grace (desta feita interpretada por Bryce Dallas Howard) abandona novamente o seu pai para se juntar à comunidade de uma pequena aldeia. Aí encontra uma espécie de "mundo perdido" em que a escravatura se mantém instituída, não obstante já ter sido abolida no resto dos Estados Unidos, há cerca de setenta anos.

Grace traz consigo alguns dos capangas do seu pai e, na sua "infinita bondade", empenha-se em restituir a situação à normalidade, assumindo o poder sobre a aldeia, naquilo que parece ser uma tentativa de ensaio dos primórdios da democracia e das razões que estão inerentes às diversas formas de concretização do estado social.
O filme tem, como "Dogville", um ritmo ímpar, agregado a uma narrativa muito bem construída e a um bom desempenho dos actores, como já é timbre nos filmes realizados pelo exigente Von Trier. Diga-se aliás, que nada perde este "Manderlay" pelo facto de Grace já não ser interpretada por Kidman.
Pessoalmente até gostei mais de Manderlay do que de Dogville, embora sejam filmes muito semelhantes.


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LEAÃO CAMPEAÃO

CRÉU NO TIMÃO!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Estudantes apresentam carta elaborada em seminário sobre transporte

terça-feira, 10 de junho de 2008, às 11h18

Os 130 participantes do seminário Políticas Públicas de Juventude no Transporte, realizado entre 3 e 5 de junho, na Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, elaboraram uma carta que será protocolada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, na Prefeitura, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais e no Governo do Estado. O evento abordou o problema do transporte coletivo e suas possíveis soluções, por meio de políticas públicas de inclusão da juventude e incentivo à educação e à cultura.
 
Confira trechos da carta aberta escrita pelos estudantes:
"30% dos jovens param os estudos (evasão escolar) porque não têm dinheiro para pagar as passagens. E esse não é o único problema que a juventude brasileira enfrenta hoje, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou dados alarmantes: cerca de 50% dos desempregados do país têm entre 15 e 24 anos e que a tendência é que esse número cresça a cada dia.
(...)
Sabemos o quanto o dinheiro para o transporte onera as famílias e a diferença que faria na qualidade de vida e poder de compra do povo. Talvez até os jovens não precisassem largar os estudos para trabalhar.
(...)
Outro fato é que em BH (...) a passagem é uma das mais caras do país e é a única capital do país em que não há nenhum beneficio no transporte coletivo para os estudantes, mesmo cercada por várias cidades da região metropolitana que possuem passe livre ou meio-passe. Existe um projeto de lei na câmara municipal de BH (nº 1029/06), no qual 30% do investimento em propagandas nas costas dos ônibus garantiria a meia passagem para todos os estudantes de BH, desde o primeiro grau à universidade. No entanto, esta lei continua em discussão na câmara dos vereadores.
(...)
Na capital, somente sete famílias são donas de todas as linhas de ônibus, geridas pela BH Trans, que circulam lotados na cidade. E é por influência dessas mesmas sete famílias que outras formas de transporte alternativos não são incentivadas e que os estudantes não têm o meio-passe."

terça-feira, 10 de junho de 2008

FIT


NÃO PERCAM AS ATRAÇÕES DO FIT- FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO PALCO E RUA , EM BELO HORIZONTE!!
CONFIRA PROGRAMAÇÃO AQUI

sexta-feira, 6 de junho de 2008

SEVÉ, por MARILENE BATISTA


Olá!
Vou apresentar o espetaculo SEVÉ da Zero CIA de Bonecos no Festival Internacional de Teatro de Bonecos.
As apresentações serão nos dias 07 e 08 de junho. No sabado às 17 horas e no domingo às 17 e às 19 horas no Teatro Dom Silverio.
O valor do ingresso é R$20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Mais informações no site do festival: http://www.festivaldebonecos.com.br/2008/espetaculos_nacionais.htm
 
O espetaculo é muito lindo, vale a pena assistir...Espero vcs lá
 
Bjs
 
Marilene Batista

sobre outras lógicas

então, pergutaram-me então como eu não reconhecia os grande avanços que o conhecimento científico e tecnológico haviam realizados nos últimos séculos. as invenções e descobertas haviam aberto um campo de compreensão do mundo como nunca antes feito, e um campo de imenso de produção de produtos, bens e serviços. um exemplo muito bom é a descoberta dos raios ulta-violeta A e B, que possuem funcionalidades distintas, e que apontou para uma nova necessidade: a necessidade de se proteger contra eles. isso demandou a confecção de produtos que se destinasse para esse fim. talvez uma das perguntas que paira em nossas mentes seja: como nenhuma cultura ou conhecimento antes, na história da humanidade, percebeu esses raios solares tão prejudiciais à saúde. talvez a resposta esteja mais nas concepções, valorações, acepções e experiências a respeito do "sol", "saúde", "raio", "necessidade" de cada época do que de um défcit ou superávit de saberes e conhecimento.

como partimos das idéias (aqui bem simplificadas) de que o sol é uma bola de combustão que emite luz e calor, e que dele provém raios benignos e malignos que, ao adentrarem em nossa atmosfera gasosa e entrarem em contato com as células e arranjos atômicos de nossos corpos, provocam alterações no são e normal estado biológico do corpo do indivíduo, a criação e consumo de um filtro solar é quase que obrigatório para se viver bem, ainda mais em tempos de efeito estufa, expressão cunhada pelos cientistas nas ultimas décadas para dar conta dos vários fenômenos anômalos que ultimamente vêm ocorrendo no planeta.

contudo, nenhuma outra sociedade criou um filtro solar, ou um conhecimento sobre os raios ultra-violetas não porque não quisessem ou não pudessem (devido a uma ausencia de tecnologia e conhecimentos), mas talvez simplesmente porque isso não teria nenhum sentido, na medida em que a compreensão e saberes sobre o "sol" e sua "energia" passava por outras lógicas, outras possibilidades de experiências e experimentos.

Conferência Nacional LBTG


quarta-feira, 4 de junho de 2008

VC SABIA QUE OS FARAÓS ERAM NEGROS, JÀ QUE OS EGIPCIOS ERAM E SÃO NEGROS!

Verdades sobre o continente e o povo africano que todos devem saber…                                                                                      Gilka E.Rodrigues dos Santos 

1. Nos primeiros milênios da nossa civilização, a África e a sua cultura exerciam grande poder e influência no mundo;2. Muitas nações africanas estavam em solos férteis, com populações que oscilavam entre 10 e 30 mil pessoas em cada cidade.O ferro e o aço eram de alta qualidade e já estavam sendo refinados. O cobre era produto da indústria local. De forma que, facas, lanças, machados e enxadas eram pré-fabricadas pelos africanos para uso doméstico;3. Os objetos de ouro eram de alta qualidade.Os povos africanos conservavam a tradição na fabricação dos objetos de argila e no comércio do linho e do algodão;4. Os africanos eram pacíficos e suas casas eram ornamentadas de pedras e argamassas com janelas bem alinhadas;5. Do continente africano, apenas as pirâmides do Egito constam como uma das sete maravilhas do mundo.No entanto, sabe-se que os antigos egípcios vieram originalmente das regiões centrais para o sul do continente africano, esses povos foram identificados como africanos nativos;6. Há provas de que os antigos egípcios que construíram as pirâmides eram negros;7. Os egípcios negros foram os primeiros filósofos e exploradores do mundo, eles viajavam grandes distâncias, a partir do Egito;8. Cleópatra, que ocupou o trono do Egito, pertencia a dinastia de Ptolomeu, uma linhagem dos gregos da Macedônia.Ela tinha a pele negra e era a única da sua família que falava a linha egípcia;9. Embora nunca tenha sido mencionado, no primeiro milênio de existência a Igreja Católica teve três papas, sumos pontífices, originários da África, ou seja, afrodescendentes: São Victor I (189-99), São Miltíades (311-14) e São Gelasius I (492-96);10.O continente europeu estava mergulhado na miséria e no caos,devido a queda do Império Romano.Em 1434, os portugueses se aproximaram do continente africano, no interesse de conhecer os povos dessa região famosos pelo seu complexo desenvolvimento econômico, político e social.Em 8 de agosto de 1444, caravelas de 600 toneladas partiram da região de Algarves, em Portugal e retornaram com a carga de 235 escravos africanos.Em 1448, os portugueses tinham feito o tráfico de milhares de africanos, e esse número cresceria exponencialmente nos séculos seguintes.Em 1831, milhões de africanos tinham sido vendidos como escravos para a América e Europa.  

Referência bibliográfica – Randall Robinson – "The Debt"

Re: BARACK OBAMA JÁ É O CANDIDATO À PRESIDENCIA DOS EUA


 
 
Obama se declara o candidato democrata, em discurso em Minnesota..
 
Pouco depois de alcançar os 2.118 delegados necessários para garantir a nomeação democrata, o senador por Illinois Barack Obama declarou-se o candidato do partido na corrida presidencial de 2008 em um discurso realizado em Saint Paul, em Minnesota.

"Nesta noite, a temporada de primárias finalmente chegou ao fim. Mais de 16 se meses passaram desde que começamos a campanha em Springfield (Illinois). Desde então, milhares de quilômetros foram percorridos e milhões foram ouvidos", afirmou Obama na abertura.

 
 

"Graças a vocês, a mudança chegará a Washington. Vocês escolheram não dar ouvidos às dúvidas ou ao medo, mas aos seus corações e a aquilo em que acreditam. Por causa de vocês, posso dizer que eu serei o nomeado democrata para a corrida presidencial de 2008".

Em suas declarações, Obama fez elogios à rival democrata, a senadora por Nova York e ex-primeira-dama Hillary Clinton.

"A senadora Clinton fez história nessa campanha, não apenas porque fez aquilo que nenhuma mulher fez antes, mas porque é uma líder nos EUA, que inspira milhões nesse país. Eu a parabenizo pela vitória em Dakota do Sul e pela campanha que fez até hoje", disse Obama.

Os elogios fizeram crescer os rumores de que Hillary pode concorrer à vice-presidência em uma chapa conjunta com Obama. A própria senadora admitiu pela primeira vez essa possibilidade nesta terça-feira, em uma teleconferência com legisladores democratas.

"Quando vencermos [as eleições de novembro], e nós venceremos essa luta, ela [Hillary] será central nessa vitória. Nosso partido e nosso país estão muito melhor por causa dela, e hoje eu sou um candidato melhor por ter tido a honra de competir com ela", disse Obama.

"Há quem diga que estas primárias enfraqueceram e dividiram o Partido Democrata. Eu digo, no entanto que por causa dessas primárias, milhões de americanos foram às urnas. Vamos agora nos unir para alcançar um novo caminho para os EUA", disse ainda Obama.

Obama disse ainda que "é hora de virar a página das políticas do passado", trazer "novas idéias para os desafios atuais" e dar uma "nova direção a esse país que tanto amamos".

"A jornada será difícil, o caminho será árduo. Eu encaro esse desafio com as minhas limitações, mas também com uma fé infinita na capacidade dos americanos. Nós seremos capazes, daqui a alguns anos, a dizer às novas gerações que esse foi o momento em que trouxemos mudanças para a saúde, demos fim a essa guerra e refizemos essa nação".

terça-feira, 3 de junho de 2008

mostra de ações coletivas


dfs

coloquium michel fucô



O pensador Michel Foucault (1926-1984), na transversal entre a filosofia e a história, dedicou-se a uma vasta gama de temáticas, o que faz com que sua obra e os assuntos nela inspirados interessem a diversos campos de saberes e práticas. A influência de seu pensamento é cada vez mais crescente nos últimos anos, nas mais variadas áreas, oferecendo diferentes perspectivas para se enxergar o homem, a sociedade, o mundo. Seu olhar se desloca daquilo que é tido como nuclear, essencial, central e põe em evidência as bordas, as margens, os desvios, os descaminhos, fazendo emergir novos contornos que delineiam a vida social.
Ao longo de sua vasta e provocadora obra, a partir da invenção de novos conceitos e noções, produziu diferentes maneiras de se apreender os processos históricos, as racionalidades, as instituições, o presente, a ética, a vida e o próprio pensamento, estabelecendo suspeições acerca das explicações normalizadoras e estabilizadas, sobretudo problematizando o regime de verdade que tradicionalmente alicerçou as relações sociais.
Os deslocamentos que suas análises provocam, rompem fronteiras, cruzam espaços, esboçam trilhas, abrem outros caminhos, descortinam horizontes que significam a possibilidade de novas formas de problematização e de visibilidade do funcionamento da maquinaria social. Esses espaços, caminhos e horizontes se desenham no entrecruzamento de linhas, que fogem às vias principais e essenciais, às linearidades transcendentais. Desembocam em transversalidades, em pontos vicinais que conectam sentidos e permitem a percepção da constituição de subjetividades, tanto individuais como socais, como invenções interessadas, construções históricas.
As possibilidades de interfaces, de conexões entre diferentes campos de saber, tendo como ferramenta operativa conceitos e noções do pensamento foucaultiano, são as mais variadas, podendo provocar ainda tantas outras. O propósito deste I Colóquio Foucault: Educação, Filosofia, História - Transversais , iniciativa conjunta dos Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGE), em Filosofia (PPGF) e em História (PPGHIS), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - vinculados, respectivamente, à Faculdade de Educação (FACED), à Faculdade de Artes, Filosofia e Ciências Sociais (FAFICS) e ao Instituto de História (INHIS) - é estabelecer uma discussão de diferentes transversalidades a partir do pensamento de Foucault, entre essas três áreas, especialmente, mas ao mesmo tempo, não se detendo nos limites disciplinares interpostos por cada uma.
Dessa forma, o Colóquio pretende se constituir num espaço propício para fomentar o debate instaurado em torno de problematizações e temáticas suscitadas pelo vasto legado deixado por Foucault, como também para a apresentação e divulgação de resultados de estudos e pesquisas, favorecendo o intercâmbio entre diferentes profissionais.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

I SEMANA DO IGC

 

AMÉRICA LATINA, GLOBALIZAÇÃO E RESISTÊNCIA

 

No IGC da UFMG (Campus Pampulha, ônibus abaixo)

 

 

Dia 02/06/08

Filme: Condor - 2007 (Na Arena) - 17:30h

 

Dia 03

Mesa: Fluxo Populacional na América Latina - 12hs

Willian Rosa - Prof. IGC

Virgilio - Prof. IGC

 

Mesa: Socialismo do Seculo XXI - 18h

Valério Arcary - Prof. CEFET-SP

Antônio Júlio - Prof FaE

 

Dia 04

Mesa: Haiti - 12h

Iani - GT de Negros da Conlutas

Ações Afirmativas FaE

 

Mesa: 40 anos do Maio de 68 - 18hs

Luiz Roberto Martins - Prof. PUC Minas

Justino - Prof. FaE

 

Dia 05

Mesa: Impactos socio-ambiental da Mineração - 17:30h

Valério - Sindicato dos Mineiros da Vale

Gostavo T. Gazzinelli

 

Dia 06

Grupos de Discussões e apresentação de trabalhos - 14h

(inscrições até dia 05 pelo e-mail daigc07@yahoo. com.br)

 

Dia 07

Calourada do IGC - 16h

UFMG – Campus Pampulha: av. Pres. Antônio Carlos, 6.627, Pampulha, BH.

Ônibus: