quarta-feira, 11 de junho de 2008

Estudantes apresentam carta elaborada em seminário sobre transporte

terça-feira, 10 de junho de 2008, às 11h18

Os 130 participantes do seminário Políticas Públicas de Juventude no Transporte, realizado entre 3 e 5 de junho, na Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, elaboraram uma carta que será protocolada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, na Prefeitura, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais e no Governo do Estado. O evento abordou o problema do transporte coletivo e suas possíveis soluções, por meio de políticas públicas de inclusão da juventude e incentivo à educação e à cultura.
 
Confira trechos da carta aberta escrita pelos estudantes:
"30% dos jovens param os estudos (evasão escolar) porque não têm dinheiro para pagar as passagens. E esse não é o único problema que a juventude brasileira enfrenta hoje, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou dados alarmantes: cerca de 50% dos desempregados do país têm entre 15 e 24 anos e que a tendência é que esse número cresça a cada dia.
(...)
Sabemos o quanto o dinheiro para o transporte onera as famílias e a diferença que faria na qualidade de vida e poder de compra do povo. Talvez até os jovens não precisassem largar os estudos para trabalhar.
(...)
Outro fato é que em BH (...) a passagem é uma das mais caras do país e é a única capital do país em que não há nenhum beneficio no transporte coletivo para os estudantes, mesmo cercada por várias cidades da região metropolitana que possuem passe livre ou meio-passe. Existe um projeto de lei na câmara municipal de BH (nº 1029/06), no qual 30% do investimento em propagandas nas costas dos ônibus garantiria a meia passagem para todos os estudantes de BH, desde o primeiro grau à universidade. No entanto, esta lei continua em discussão na câmara dos vereadores.
(...)
Na capital, somente sete famílias são donas de todas as linhas de ônibus, geridas pela BH Trans, que circulam lotados na cidade. E é por influência dessas mesmas sete famílias que outras formas de transporte alternativos não são incentivadas e que os estudantes não têm o meio-passe."

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