conversando com o thiago e a mona do feop, propus para que trabalhassemos, além dos tradicionais cartazes, faixas e reivindicações por meio de megafones e tal, com uma dimensão mais da cultura da africa que sonhamos e do brasil que queremos. não será, porém, a realização de um "momento cult-tural afro", algo para ser mostrado para fora ou para ser exibido, enxertado entre a programação. mas a realização de um ritual mesmo, de um ou vários momentos onde a mística seria a tônica. onde expressaríamos o sentimento coletivo e de uma nova sociedade pela arte, espiritualidade, poesia. será um momento onde os movimentos, que ora são articulados, ora estão desarticulados, olharão para si próprio, e para a ancestralidade guerreira que marca a presença do negro neste país. somos herdeiros de um passado de guerra e confronto, feito de revoltas e lutas contra o sistema escravagista, veja as revoltas da chibata, dos malês, dos haussás... acredito -infelizmente - que vivemos em uma sociedade pós-escravagista discursivamente democrática, e contra isso também devemos confrotar, brigar, bater, avançar, ferir, vencer...
por isso propus que, entre várias intervenções estratégicas, as artísticas diriam de nossas vidas. para isso, pensei no momento em que cada um colocaria, com tinta etc, em cartolina, algo relacionado a 120 anos de uma sociedade pós-escravagista. tentar trabalhar as linguagens não-verbais..imagens, expressões, ações de resistências e ataque frente às opressões diarias e cotidianas que nos atormentam e nos fazem desistir de mudar.
pensar que...
por isso propus que, entre várias intervenções estratégicas, as artísticas diriam de nossas vidas. para isso, pensei no momento em que cada um colocaria, com tinta etc, em cartolina, algo relacionado a 120 anos de uma sociedade pós-escravagista. tentar trabalhar as linguagens não-verbais..imagens, expressões, ações de resistências e ataque frente às opressões diarias e cotidianas que nos atormentam e nos fazem desistir de mudar.
pensar que...
deixa pra lá....
faria mais sentido para mim ficar uma, duas, três horas me expressando e refletindo e agindo nas relações de poder pela arte (arte engajada?), pela poesia, pelo convívio e troca de saberes, do que ficar estes tempos segurando faixas pra mostrar pra... um bucado de pessoas (o que pode não acontecer) certas frases de efeito que, no fim servirão na mesma coisa: tentar criar novas condições de possibilidade para o agir político. pintar, cantar, recitar, chorar, gritar diz mais Às subjetividades do que segurar por tempos uma faixa. eu já passei pelos dois casos e, acho isso. pelo menos é essa a minha proposta.
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