Licenciatura Intercultural Indígena é transformada em curso de graduação na UFMG
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quarta-feira, 16 de abril de 2008, às 11h07
quarta-feira, 16 de abril de 2008, às 11h07
Formar educadores indígenas para atuar como professores de ensino fundamental e médio em suas comunidades. Essa é a proposta da Licenciatura Intercultural Indígena, graduação que começa a ser oferecida no vestibular 2009 da UFMG e que aposta no diálogo entre culturas como uma vantagem pedagógica.
O curso vai abordar áreas como educação, produção cultural, edição e pesquisa. O objetivo é que os indígenas possam atuar em suas aldeias, na escolarização de crianças, jovens e adultos, levando em consideração suas especificidades e contribuindo para melhorar a educação em suas comunidades.
De acordo com a coordenadora do curso, professora Márcia Spyer, a Licenciatura Intercultural Indígena terá 35 vagas, a princípio somente para indígenas, e será oferecida em horário integral, com entrada única anual e duração de cinco anos. A criação do curso será feita com recursos do Reuni, Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades, programa do governo federal, que vai expandir o número de vagas e cursos nas instituições federais de ensino superior.
As atividades do curso vão enfocar aspectos da vida indígena, como arte, pintura corporal, artesanato, produção audiovisual e música. Além das aulas presenciais na Faculdade de Educação da UFMG, parte da graduação vai acontecer nas próprias comunidades dos estudantes. O profissional poderá atuar como professor em escolas indígenas ou em escolas com espaço para educação intercultural, em universidades e institutos de pesquisa, como agente cultural, editor, tradutor ou representante político do povo indígena.
A UFMG é uma das pioneiras no país nesse tipo de iniciativa, junto com instituições de ensino de Mato Grosso e Roraima. A proposta já vem sendo aplicada pela UFMG desde 2006 na forma de curso especial, que conta com 140 alunos de sete tribos indígenas mineiras. Essa primeira turma concluirá o curso em 2010.
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