Para FUMP, a Dança de salão e cineclube transformam moradias universitárias em "centros de convivência "
Paulo Cerqueira.
Casal de estudantes ensaia os primeiros passos na aula inaugural
do projeto Dança na Moradia
Nos anos 80 e 90, o sonho da moradia universitária foi embalado pelo mote "Eu quero uma casa no campus". Hoje, com dois edifícios construídos no bairro Ouro Preto e um terceiro em Montes Claros, o sonho da casa no campus assume novo significado. A idéia agora é que as moradias funcionem efetivamente como espaços de convivência, perfil delineado pela programação cultural que começa a ganhar corpo na Moradia Ouro Preto I. Desde agosto de 2007, o Projeto Cineclube Moradia exibe filmes para os moradores aos domingos, sempre às 17h30. No último dia 8 de março, um novo projeto foi iniciado: Dança na Moradia, que promove aulas de dança de salão nos fins de semana.
Segundo Vera Maria Pereira Coelho, diretora da Moradia Universitária, ao assumir o cargo, em maio do ano passado, ela percebeu certa tristeza entre os estudantes. “Eles estavam meio fechados e isolados. O pessoal ficava mais nos quartos, mal se cumprimentava. Vimos que era preciso mudar isso”, explica. Para entender as necessidades dos estudantes, ela criou um sistema de enquetes, no qual os moradores respondem quais atividades desejam ver realizadas. A idéia das aulas de dança cresceu rapidamente, devido ao interesse dos moradores. “Quando enviei a enquete sobre o projeto, fiquei assustada com a rapidez da resposta”, lembra Vera. Aprovada pelo Conselho Diretor da Moradia Universitária em novembro, a iniciativa recebe também apoio da Fump, que arca com as bolsas para os instrutores, estudantes da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Divididas em quatro turmas, duas aos sábados e outras duas aos domingos, os cerca de 160 alunos têm aulas no salão de convivência da Moradia I. São quatro modalidades: samba, bolero, forró e soltinho. Para Murilo de Assis Borges Júnior, estudante do 8º período de Educação Física, dançarino profissional e professor do projeto, a oportunidade de trabalhar com os estudantes é gratificante. “Adoro o contato com esse público, com pessoas dessa idade. Acho muito interessante participar de um projeto com um objetivo tão importante”, afirma. No sábado, as aulas acontecem às 18h e às 19h; no domingo, às 15h e 16h.
O professor explica que a dança de salão será uma ótima oportunidade para ampliar os níveis de socialização na Moradia. De acordo com o dançarino, a atividade aumenta a auto-estima dos praticantes, que passam a conhecer melhor os limites do próprio corpo e do seu parceiro.”Tem também a questão cultural. Eles aprendem que o ritmo, originário de outra cultura, foi incorporado pela nossa ao longo do tempo. Tudo isso traz benefícios fantásticos”, garante Murilo de Assis.
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