quinta-feira, 22 de novembro de 2007

contos de réis


o q nunca se iniciou*

*cronica de Oliver Sosa


próximo a um bosque passava um rio, onde o vento
permitia a brisa passear toda manhã. ela gostava muito
dali e das arvores da mata, e de seus animais e
plantas gigantes e minusculos. eram seus co-operadores
e não me pergunte porque. eram porque eram.
numa manhã, a brisa, num suspiro suave de fim de
primavera, toca a ultima flor do galho mais retorcido
da grande arvore do norte do parque,que cai e faz com
isso o desfilamento de uma elaborada teia de um
aracnídeo que ficou a noite toda tecendo-a, para
prover seu sustento matinal. não era a intenção da
brisa,ávida por viver aquele momento,e sempre
cuidadosa com todos os seus co-operadores. nunca foi a
intenção dela fazer isso, tendo como prova a leveza
com que balança as redes e teias dos aracnídos toda a
manhã e tarde, sem desfazer nenhuma sequer. mas a
flor era muito pesada para aquela tão fresca teia
daquele jovem aracnídeo que reside na fresta do tronco
da arvore da folha...


Viña del Mar, Chile, 2004



"o rio corre, bem ou mal, sem direção original. e
a brisa, naturamente matinal, como tem tempo não tem
pressa... "

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