da Reuters
Populações de origem africana têm o DNA mais diversificado e com uma prevalência menor de mutações genéticas que podem levar a doenças. A conclusão saiu de dois grandes estudos que saem hoje na revista "Nature" (http://www.nature.com/).
Trabalhos reforçam a teoria segundo a qual os humanos modernos evoluíram na África
Os trabalhos, ambos conduzidos nos EUA, reforçam a teoria segundo a qual os humanos modernos evoluíram na África e só depois migraram através da Europa e da Ásia para chegar ao Pacífico e às Américas.
Os trabalhos, ambos conduzidos nos EUA, reforçam a teoria segundo a qual os humanos modernos evoluíram na África e só depois migraram através da Europa e da Ásia para chegar ao Pacífico e às Américas.
Os dois trabalhos remontam uma história de humanos tendo suas populações encolhidas à medida que migram. Povos que cresceram fora da África se espalharam a partir de um reservatório genético menor, enquanto populações que ficaram no continente mantiveram sua diversidade genética.
"Uma coisa que não pode ser dita a partir desse estudo é que o genoma de uma pessoa é de alguma forma mais saudável ou evolutivamente adequado do que o de outra", afirmou Carlos Bustamante, geneticista da Universidade Cornell, que liderou um dos dois estudos. "É preciso pensar sobre isso no nível de populações."
Bustamante estudou seqüências de DNA de um grupo de pessoas relativamente pequeno --15 afro-americanos e 20 euro-americanos-- mas examinando um grande numero de alterações genéticas conhecidas pela sigla SNP (Polimorfismos de Nucleotídeo Único, em inglês). Grosso modo, os SNPs são aquelas "letras" do DNA que podem variar entre uma pessoa e outra -a maior parte do genoma é igual entre todas as pessoas.
Bustamante afirma que possivelmente algumas das variações genéticas estudadas por ele podem ser benéficas, e pretende compará-las com mutações causadoras de doenças já conhecidas. "Gostaríamos de já ter feito isso", afirmou.
O outro estudo, liderado por Noah Rosenberg, da Universidade de Michigan, analisou DNA de 485 pessoas de todos os cantos do mundo, em busca de vários tipos de variação genética. O trabalho também reforça teoria da origem africana. "A diversidade [genética] sofreu erosão ao longo do processo migratório", diz Rosenberg.
A pesquisa confirma que povos africanos são os mais diversos, seguidos dos do Oriente Médio, depois dos do resto da Ásia e europeus. Os menos diversos são os nativos americanos.
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