sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Para não dizer que eu não falei do Arena
ARENA DA CULTURA COMEMORA DEZ ANOSE ANUNCIA SUAS ATIVIDADES EM 2008
O Arena da Cultura, um dos mais importantes projetos socioculturais de Belo Horizonte, será ampliado em 2008, ano em que comemora dez anos de implantação. Focado na formação e difusão cultural, o Arena concentra suas atividades nas áreas de artes plásticas, dança, música e teatro e este ano vai oferecer 42 oficinas de iniciação artística em todas as regiões da cidade. O cronograma das atividades para 2008 foi divulgado no último dia 15 pela Fundação Municipal de Cultura (FMC), em reunião que contou com a presença da presidente da Fundação, Maria Antonieta Cunha, dos nove secretários de Administração Regional de Belo Horizonte ou seus representantes e dos diretores da Fundação José Eduardo Liboreiro e Bernardo da Mata Machado.
O programa, desenvolvido pela Prefeitura, em parceria da Fundação com as secretarias regionais, é destinado a alunos com idade a partir de 14 anos e tem como objetivo a inserção social e formação cultural dos adolescentes. O número de oficinas salta das 18 oferecidas em 2006 para 42 este ano, seguindo com o compromisso de descen-tralização cultural na capital e consolidando-se como o principal projeto de política pública nesta área.
As inscrições para as oficinas podem ser feitas de 28 de fevereiro a 20 de março nas nove Secretarias de Administração Regional.
A seleção acontece ainda no primeiro trimestre, assim como as atividades, que serão realizadas nos centros culturais e em outros locais definidos pelas regionais.
conheça mais sobre arena da cultura
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Samba Minas, com a cantora Maria Alcina ( Show ) - 02/03- MAP
Samba Minas, com a cantora Maria Alcina ( Show )
GRATUITO
Data: 02/03/2008
Local: Museu de Arte da Pampulha
Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585 - Pampulha
Tel. 3277-7996
às 10h.
Maria Alcina, maravilhaCom a música "Fio Maravilha", de Jorge Bem, a mineira de Cataguases Maria Alcina estreou justamente em um Festival de MPB no Maracanãzinho (RJ). Sua voz grave, estilo irreverente e guarda roupa extravagante a levaram à comparação com Carmen Miranda. Em 1973, o sucesso com a interpretação de "Alô Alô", samba de André Filho consagrado por Carmen.
Além de canções da pequena notável, Alcina sempre incluiu em seu repertório músicas dos ícones do rádio, como Marlene, Emilinha Borba, Aracy de Almeida, Bando da Lua, Lana Bittencourt e Carmen Costa. Outro de seus maiores sucessos, em 1974, foi "Kid Cavaquinho", de João Bosco e Aldir Blanc. Nos anos 80, voltou-se para o folclore musical nordestino com letras bem humoradas e satíricas como nas músicas "Bacurinha" e "Prenda o Tadeu". Viajou pelo Brasil cantando ao lado de Moreira da Silva e para os Estados Unidos com Jamelão e Emílio Santiago. Em 1995, foi ao Estados Unidos participar de uma homenagem a Carmen Miranda.
Além de canções da pequena notável, Alcina sempre incluiu em seu repertório músicas dos ícones do rádio, como Marlene, Emilinha Borba, Aracy de Almeida, Bando da Lua, Lana Bittencourt e Carmen Costa. Outro de seus maiores sucessos, em 1974, foi "Kid Cavaquinho", de João Bosco e Aldir Blanc. Nos anos 80, voltou-se para o folclore musical nordestino com letras bem humoradas e satíricas como nas músicas "Bacurinha" e "Prenda o Tadeu". Viajou pelo Brasil cantando ao lado de Moreira da Silva e para os Estados Unidos com Jamelão e Emílio Santiago. Em 1995, foi ao Estados Unidos participar de uma homenagem a Carmen Miranda.
da série: "o que é quarda cuva, wilson?"
olá, lembram de mim?
sou o Sr. Wilson!
segue abaixo a pesquisa que fiz no google.. e olhe que descobri!
mensagens subliminares... !!!
pesquisa no google.. ( se não acredita, confira aqui!)
agora, o mais interessante são as primeiras frases subliminares...
"voce costuma usar guarda-chuva para conversar...?"
imaginei até o diálogo:
- oi guarda-chuva, como vc vai?
- ah.. hoje vou mal, vc sabe.. dor na costela
- vc vai à faculdade?
- eu não, lá anda todo mundo perdido...
- té mais então..
- té intão..
o diálogo entre duas vidas
prosa poética:
o diálogo entre duas vidas,
no alto de uma colina ao pôr-do-sol
Ao chutar duas gotas d'agua que caiam de uma folha do alto de uma grande arvore,
ele a indaga sobre a origem do sol, aquele mesmo sol que se deitava naquele momento.
Ela, sentada, abraçando suas pernas, quase não presta atenção na pergunta dele,
ela está a observar três cisnes que passavam bem próximos a ela.
Façamos nossos beijos nossos contratos para o amanhã - sussurou ele, se aproximando carinhosamente dela.
O amanhã é como montanhas ingrimes: incerto demais para planos - disse ela, dando lhe um leve beijo no rosto.
Herois são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as incertezas e o medo de tentar - falou ele.
Ela o olhou profundamente, e levou seu rosto a olhar o chão. Esboçou algumas palavras no chão.
Tentou definir um traçado para o destino dos dois. Desfez o traçado com uma das mãos.
Se não sabemos para onde estamos indo, qualquer destino serve - segredou ela, olhando para o horizonte.
Ele não a ouviu, pois estava tentando inutilmente pegar a ponta da folha do galho mais baixo da alta árvore que próxima a eles estava.
Que criança...- ironizou ela, olhando para o insucesso dele.
Que mulher...-pensou ele.
Olha guria, disse ele, a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que nós temos do que...
Ela o interrompe com um beijo apaixonante.
...do que as velas do bolo, os pássaros do céu...-completou ela, o abraçando pelo pescoço.
Te amo - declamou ele
Você sabia que me lembrastes neste momento de um verso de Shakespeare?- flerta ela.
Só neste momento?- rezou ele. Ela então o solta e corre alguns metros até a beirada.
Olha pra baixo, e depois o fita com um olhar nunca visto por ele antes.
Sorri para ele com um sorriso que, de tão belo, o faz sentir um prazer muito bom.
Ele lembra das manhãs gostosas que passara ao lado dela,
após noites de intensos prazer e paixão. Ele lembra de seu corpo sob a luz e sob a poesia de sua alma.
"As pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa,
por isso sempre deixe as pessoas que amamos com palavras amorosas,
pois pode ser a última vez que a vejamos"- recitou ela, deixando uma lágrima clara cair sobre sua pele escura.
Ele vai em direção dela, com um conforto tremendo. Encontrara ele o próprio céu. A própria poesia encarnada.
Ela olha novamente para o horizonte. Pensa em voar. Observa os cisnes e deseja voar.
Seu pai sempre lhe falava que com fé era possível ela fazer qualquer coisa,
até dizer para as ingrimes colinas "vá para lá" e elas obedecerem. Imagine querer voar! Seria muito mais fácil.
Ela olha mais uma vez para os cisnes que passam bem perto dela. Ela deseja voar. Ela ensaia voar.
Ele a abraça...
o diálogo entre duas vidas,
no alto de uma colina ao pôr-do-sol
Ao chutar duas gotas d'agua que caiam de uma folha do alto de uma grande arvore,
ele a indaga sobre a origem do sol, aquele mesmo sol que se deitava naquele momento.
Ela, sentada, abraçando suas pernas, quase não presta atenção na pergunta dele,
ela está a observar três cisnes que passavam bem próximos a ela.
Façamos nossos beijos nossos contratos para o amanhã - sussurou ele, se aproximando carinhosamente dela.
O amanhã é como montanhas ingrimes: incerto demais para planos - disse ela, dando lhe um leve beijo no rosto.
Herois são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as incertezas e o medo de tentar - falou ele.
Ela o olhou profundamente, e levou seu rosto a olhar o chão. Esboçou algumas palavras no chão.
Tentou definir um traçado para o destino dos dois. Desfez o traçado com uma das mãos.
Se não sabemos para onde estamos indo, qualquer destino serve - segredou ela, olhando para o horizonte.
Ele não a ouviu, pois estava tentando inutilmente pegar a ponta da folha do galho mais baixo da alta árvore que próxima a eles estava.
Que criança...- ironizou ela, olhando para o insucesso dele.
Que mulher...-pensou ele.
Olha guria, disse ele, a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que nós temos do que...
...do que as velas do bolo, os pássaros do céu...-completou ela, o abraçando pelo pescoço.
Te amo - declamou ele
Você sabia que me lembrastes neste momento de um verso de Shakespeare?- flerta ela.
Só neste momento?- rezou ele. Ela então o solta e corre alguns metros até a beirada.
Olha pra baixo, e depois o fita com um olhar nunca visto por ele antes.
Sorri para ele com um sorriso que, de tão belo, o faz sentir um prazer muito bom.
Ele lembra das manhãs gostosas que passara ao lado dela,
após noites de intensos prazer e paixão. Ele lembra de seu corpo sob a luz e sob a poesia de sua alma.
"As pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa,
por isso sempre deixe as pessoas que amamos com palavras amorosas,
pois pode ser a última vez que a vejamos"- recitou ela, deixando uma lágrima clara cair sobre sua pele escura.
Ele vai em direção dela, com um conforto tremendo. Encontrara ele o próprio céu. A própria poesia encarnada.
Ela olha novamente para o horizonte. Pensa em voar. Observa os cisnes e deseja voar.
Seu pai sempre lhe falava que com fé era possível ela fazer qualquer coisa,
até dizer para as ingrimes colinas "vá para lá" e elas obedecerem. Imagine querer voar! Seria muito mais fácil.
Ela olha mais uma vez para os cisnes que passam bem perto dela. Ela deseja voar. Ela ensaia voar.
Ele a abraça...
diogo oliveirah dez-006
"Faça sua alma voar, ao invés de esperar que alguém lhe traga asas".
"Faça sua alma voar, ao invés de esperar que alguém lhe traga asas".
da série: "o que é quarda cuva, wilson?"
OLÁ, PARA QUEM NÃO SE LEMBRA, EU SOU O WILSON, AQUELE QUE DEIXA O TOM RENQUIS BOIANDO LITERALMENTE NO MEIO DO MAR (hehe).. ATUALMENTE ESTOU NA INCANSÁVEL BUSCA PELO MEU QUARDA CUVA.
MAS VCS ME PERGUNTARÃO: QU'É ISSO? (EM FRANCÊS: QU'EST-CE QUE C'EST ÇA?) ENTÃO, O DESAFIO ESTÁ LANÇADO. QUEM IRÁ DESCOBRIR DO QUE FALO?
VAI AÍ ALGUMAS DICAS E SUGESTÕES:
SERIA UM GUARDA- CURVA?
OU UM GUARDA-aguadachuva
OU QUARTA-CHUVA (POEMA de Joao da Cruz)
OU os GUARDA-C.U.V.A
(os Costume, U sistema, os Valores, a Autoridade)
OU GUARDA-LUVA
O QUE SERÁ???????
Nanou, o ecochato 001
para ampliar a imagem, clique em cima dela
olá galera,
aqui começa a saga de Nanou, um típico eco-chato que encontramos por aí. é aquele que, de tão politicamente correto, está sempre em crise (claro!) existencial porque sua sobrevivencia depende da morte de outras existencias (só em sua respiração ele mata milhões de bactérias e ácaros, pequenos seres vivos que são injustamente mortos..).
mas.. como todo bom ecochato, a contradição (é claro!) faz parte essencial de sua vida. ..
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
NÓS, CONEXISTAS, SOMOS RESILIENTES?
Vulnerabilidade e resiliência
Isadora Garcia*
O contato com populações que vivem sob condições precárias de saúde e segurança, expostas a situações de risco pessoal e social, tem despertado o interesse por pesquisas que focalizam problemas sociais e a maneira como crianças se desenvolvem nesse contexto.(3) Estes estudos estão inseridos num novo paradigma da Psicologia do Desenvolvimento, que retoma a importância do ambiente e do indivídio em interação na análise do processo dinâmico de adaptação psicológica. (8)
Muitas crianças em nossa sociedade têm sido vítimas das mais diversas formas de violência. A violência doméstica e urbana,(2) assim como os maus tratos e abuso sexual(4) caracterizam-se por experiências que acarretam no acúmulo de fatores de riscos que prejudicam lentamente a personalidade do sujeito.(1)(2)
Atualmente, pesquisas visam a entender como e porquê algumas crianças expostas a essas experiências se desenvolvem adequadamente e tornam-se adultos saudáveis. Estas crianças, que tiveram força para enfrentar as dificuldades do ambiente e responderam a desafios cancelando o impacto negativo dos riscos, são chamadas resilientes.(3)(5)(10)
Isadora Garcia*
O contato com populações que vivem sob condições precárias de saúde e segurança, expostas a situações de risco pessoal e social, tem despertado o interesse por pesquisas que focalizam problemas sociais e a maneira como crianças se desenvolvem nesse contexto.(3) Estes estudos estão inseridos num novo paradigma da Psicologia do Desenvolvimento, que retoma a importância do ambiente e do indivídio em interação na análise do processo dinâmico de adaptação psicológica. (8)
Muitas crianças em nossa sociedade têm sido vítimas das mais diversas formas de violência. A violência doméstica e urbana,(2) assim como os maus tratos e abuso sexual(4) caracterizam-se por experiências que acarretam no acúmulo de fatores de riscos que prejudicam lentamente a personalidade do sujeito.(1)(2)
Atualmente, pesquisas visam a entender como e porquê algumas crianças expostas a essas experiências se desenvolvem adequadamente e tornam-se adultos saudáveis. Estas crianças, que tiveram força para enfrentar as dificuldades do ambiente e responderam a desafios cancelando o impacto negativo dos riscos, são chamadas resilientes.(3)(5)(10)
A resiliência pode ser entendida como a capacidade dos indivíduos de superar os fatores de risco aos quais são expostos, desenvolvendo comportamentos adaptativos e adequados.
Crianças resilientes são aquelas que, não apenas evitam os efeitos negativos associados aos fatores de risco, mas que desenvolvem competência social, acadêmica e vocacional.(3) Intrinsecamente, essas crianças apresentam um temperamento mais flexível, senso de que são capazes de modificar seu ambiente e acreditam que as novas situações ou mudanças representam uma oportunidade para melhorarem e se adaptarem, ao invés de perderem a esperança e expectativa.(2)(4) Outros(6) adotam esse termo, pois ser resiliente envolve, também, enfrentar dor, sofrimento e lançar mão de esforço pessoal.
Rutter(3) faz uma analogia com a imunização médica. Afirma que a resiliência é o produto final de um processo de imunização que não elimina o risco, mas encoraja o indivíduo a enfrentá-lo efetivamente. Como na vacina, a exposição a pequenas e sucessivas doses do agente patológico ajudam a desenvolver mecanismos que lutam contra a doença.
Os fatores de risco são responsáveis por acentuar a doença e/ou estados deficientes. Risco implica em resultados negativos e indesejáveis no desenvolvimento dos indivíduos. Tradicionalmente, esses fatores eram definidos por termos estáticos como estressor (pobreza, maus-tratos), porém hoje, atenta-se para a importância de analisar os fatores de risco enquanto processo.(3) Tem- se priorizado, sob essa perspectiva, analisar o impacto desses fatores e os mecanismos responsáveis por seus efeitos negativos sobre as crianças.
As crianças que vivenciam fatores de risco em seu ambiente e desenvolvem distúrbios evolutivos, problemas de conduta e/ou desequilíbrio emocional são chamadas vulneráveis. A vulnerabilidade aumenta a probabilidade de um resultado negativo na presença de risco.(3) Koller(9) compara o desenvolvimento de uma criança ao de uma planta. Com uma metáfora, diz que a criança é como uma semente, que lançada à terra, pode transformar-se em uma planta saudável. No entanto, necessita de cuidados para crescer, pois é um ser biológico que vive em um ambiente ecológico e complexo. Portanto, numa abordagem ecológica do desenvolvimento, ainda que vulnerável e lançada a uma terra árida, se encontrar algum auxílio, poderá ser uma sementinha que irá se desenvolver.
Partindo desse entendimento, algumas questões são apontadas. Que fatores interagem na relação das crianças com o ambiente de risco para que se tornem resilientes? Que fatores proporcionam o desenvolvimento da resiliência?
São vários os fatores que, associados, vão auxiliar a criança a desenvolver sua adaptabilidade, segurança, autonomia e criatividade. Esse auxílio consiste em mecanismos de proteção e recursos dos quais as crianças dispõem na sua rede de apoio social e afetiva.(9)
Para que esses fatores possam ser melhor compreendidos, é interessante partir do entendimento de que, segundo a literatura, existem três tipos de resiliência: social, acadêmica e emocional.(7) Então, os fatores e mecanismos de proteção mais importantes são identificados em cada um desses contextos.
No desenvolvimento da resiliência emocional, Rutter(7) aponta como fatores importantes as experiências positivas que levam a sentimentos de auto-eficácia, autonomia e auto-estima, capacidade para lidar com mudanças e adaptações, e um repertório amplo de abordagens para solução de problemas. Outros autores ainda apontam altos índices de empatia, locus de controle interno e desenvolvimento do ego, como indicativos de resiliência emocional em crianças
Com relação à resiliência acadêmica, a escola pode propiciar o aumento e o fortalecimento de habilidades de resolução de problemas e a aprendizagem de novas estratégias, bem como capacitar professores para auxiliar estudantes com dificuldades.(7)
A resiliência social apresenta como fatores protetivos o não envolvimento em delinqüência, ter um grupo de amigos e o sentimento de pertencimento ao mesmo, relacionamentos íntimos, bom vínculo com a escola, supervisão dos pais e familiares, estrutura familiar, 10)(7) bem como modelos sociais que promovam uma aprendizagem construtiva nas situações (familiares, escolares) e equilíbrio entre as responsabilidades sociais e as exigências por obter determinados benefícios.(4)
A família, além do que já foi dito, é um fator importante que se insere e interfere no desenvolvimento da resiliência nos três contextos abordados. Como fatores de proteção, são identificados o bom relacionamento familiar, a competência materna, a construção do apego e, conseqüentemente, a internalização do mesmo.(1) A transmissão de valores, assim como as atitudes positivas dos pais sobre a importância da educação para o futuro de seus filhos também têm papel fundamental no desenvolvimento de crianças resilientes. Pesquisas mostram que essas atitudes colaboram para um melhor desempenho escolar, da mesma forma que ajudam a criança a ser mais competente socialmente no futuro.(7)
Os estudos sobre resiliência permitem uma melhor compreensão a respeito da realidade das crianças e adolescentes da nossa sociedade que vivem em condições de vida precárias e adversas. Nessa perspectiva, penso que devemos direcionar nossas ações sempre num enfoque preventivo, que visem a promoção do bem estar e da saúde para uma melhor qualidade de vida.
No entanto, o modelo de pesquisa no qual esses estudos têm se apoiado, apresenta um método que parece insuficiente para uma compreensão dinâmica dos fatores envolvidos no desenvolvimento dessa capacidade. O número de variáveis a serem investigadas é muito grande, o que faz da validade dos resultados, ainda uma questão aberta. O que se pensa é que a possibilidade de generalizações para outras culturas é desconhecida.(7)
Acredito que uma investigação que tenha como pano de fundo esse entendimento, certamente não poderá perder de vista as inúmeras variáveis que envolvem o desenvolvimento da resiliência ou, na contrapartida, da vulnerabilidade. Quero dizer com isso, que os fatores de risco, bem como os fatores protetivos aos quais as crianças e adolescentes estão submetidos e/ou têm acesso, devem ser o ponto de partida das análises, sendo identificados no contexto da comunidade em que se atua. Isso fará com que se tenha um conhecimento local do campo de atuação, favorecendo a geração de programas comunitários e preventivos específicos para a população à qual se dirigem. Esses programas direcionariam planos de ação que abarcassem as necessidades da realidade a ser trabalhada. Entendo que com esse direcionamento, os fatores de risco poderiam ser gradualmente amenizados. Por outro lado, e ainda mais importante, teríamos a promoção dos fatores protetores, o que faria com que a população tivesse cada vez mais acesso a eles, indo em busca, ou mesmo, criando seus próprios mecanismos de proteção.
Bibliografia
1. Celia, S. Promoção da saúde e resiliência. In: Fichtner, N. (org.) Prevenção, diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais da infância e da adolescência: um enfoque desenvolvimental. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.
2. Celia, S. Grupos comunitários. In: Zimerman, D., Osorio, L.C. Como trabalhamos com Grupos. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.
3. Cowan, P. A., Cowan, C. P., Schulz, M. S. Thinking about risk and resilience in families. In: Hetherington, e. M., Blechman, E. A. Stress, coping, and resiliency in children and families. Mahwan, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1966.
4. Fuentes, L. B., Serrano, R. H., Colmenarez, A. P. et al. El abuso sexual en niños e jovenes. Caracas: Ediluc., 1988.
5. Garmezy, N. & Masten, A. Chronic adversities. Em M. Rutter, E. Taylor & L. Hers (Orgs.) Child and adolescent psychiatry. Oxford: Blackwell Scientific Publications, 1994.
6. Henderson, N. & Milstein, M. M. . Resiliency in schools: Making it happen for students and educators. Califórnia: Corwin, 1966.
7. Hutz, C., Koller, S., Bandeira, D. Resiliência e vulnerabilidade em crianças em situação de risco. In Koller, S. (Org.) Aplicações da Psicologia na Melhoria da Qualidade de Vida. Porto Alegre: Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia. Coletâneas da ANPEPP, 1996; 1 (12)
8. Jessor, R.. Sucessful adolescent development among youth in high-risk settings. American Psychologist 1993;. 48, 117-126.
9. Koller, S. (1999). Violência Doméstica: uma visão ecológica. Em AMENCAR (Org.) Violência doméstica, 1999.
10. Rutter, M. Psycholsocial resilience and protective mechanisms. In: Rolf, J., Masten, A. S., Cicchetti, D. et al. Risk and protective factors in the development of psychopathology -) Cambridge, 1990.
Rutter(3) faz uma analogia com a imunização médica. Afirma que a resiliência é o produto final de um processo de imunização que não elimina o risco, mas encoraja o indivíduo a enfrentá-lo efetivamente. Como na vacina, a exposição a pequenas e sucessivas doses do agente patológico ajudam a desenvolver mecanismos que lutam contra a doença.
Os fatores de risco são responsáveis por acentuar a doença e/ou estados deficientes. Risco implica em resultados negativos e indesejáveis no desenvolvimento dos indivíduos. Tradicionalmente, esses fatores eram definidos por termos estáticos como estressor (pobreza, maus-tratos), porém hoje, atenta-se para a importância de analisar os fatores de risco enquanto processo.(3) Tem- se priorizado, sob essa perspectiva, analisar o impacto desses fatores e os mecanismos responsáveis por seus efeitos negativos sobre as crianças.
As crianças que vivenciam fatores de risco em seu ambiente e desenvolvem distúrbios evolutivos, problemas de conduta e/ou desequilíbrio emocional são chamadas vulneráveis. A vulnerabilidade aumenta a probabilidade de um resultado negativo na presença de risco.(3) Koller(9) compara o desenvolvimento de uma criança ao de uma planta. Com uma metáfora, diz que a criança é como uma semente, que lançada à terra, pode transformar-se em uma planta saudável. No entanto, necessita de cuidados para crescer, pois é um ser biológico que vive em um ambiente ecológico e complexo. Portanto, numa abordagem ecológica do desenvolvimento, ainda que vulnerável e lançada a uma terra árida, se encontrar algum auxílio, poderá ser uma sementinha que irá se desenvolver.
Partindo desse entendimento, algumas questões são apontadas. Que fatores interagem na relação das crianças com o ambiente de risco para que se tornem resilientes? Que fatores proporcionam o desenvolvimento da resiliência?
São vários os fatores que, associados, vão auxiliar a criança a desenvolver sua adaptabilidade, segurança, autonomia e criatividade. Esse auxílio consiste em mecanismos de proteção e recursos dos quais as crianças dispõem na sua rede de apoio social e afetiva.(9)
Para que esses fatores possam ser melhor compreendidos, é interessante partir do entendimento de que, segundo a literatura, existem três tipos de resiliência: social, acadêmica e emocional.(7) Então, os fatores e mecanismos de proteção mais importantes são identificados em cada um desses contextos.
No desenvolvimento da resiliência emocional, Rutter(7) aponta como fatores importantes as experiências positivas que levam a sentimentos de auto-eficácia, autonomia e auto-estima, capacidade para lidar com mudanças e adaptações, e um repertório amplo de abordagens para solução de problemas. Outros autores ainda apontam altos índices de empatia, locus de controle interno e desenvolvimento do ego, como indicativos de resiliência emocional em crianças
Com relação à resiliência acadêmica, a escola pode propiciar o aumento e o fortalecimento de habilidades de resolução de problemas e a aprendizagem de novas estratégias, bem como capacitar professores para auxiliar estudantes com dificuldades.(7)
A resiliência social apresenta como fatores protetivos o não envolvimento em delinqüência, ter um grupo de amigos e o sentimento de pertencimento ao mesmo, relacionamentos íntimos, bom vínculo com a escola, supervisão dos pais e familiares, estrutura familiar, 10)(7) bem como modelos sociais que promovam uma aprendizagem construtiva nas situações (familiares, escolares) e equilíbrio entre as responsabilidades sociais e as exigências por obter determinados benefícios.(4)
A família, além do que já foi dito, é um fator importante que se insere e interfere no desenvolvimento da resiliência nos três contextos abordados. Como fatores de proteção, são identificados o bom relacionamento familiar, a competência materna, a construção do apego e, conseqüentemente, a internalização do mesmo.(1) A transmissão de valores, assim como as atitudes positivas dos pais sobre a importância da educação para o futuro de seus filhos também têm papel fundamental no desenvolvimento de crianças resilientes. Pesquisas mostram que essas atitudes colaboram para um melhor desempenho escolar, da mesma forma que ajudam a criança a ser mais competente socialmente no futuro.(7)
Os estudos sobre resiliência permitem uma melhor compreensão a respeito da realidade das crianças e adolescentes da nossa sociedade que vivem em condições de vida precárias e adversas. Nessa perspectiva, penso que devemos direcionar nossas ações sempre num enfoque preventivo, que visem a promoção do bem estar e da saúde para uma melhor qualidade de vida.
No entanto, o modelo de pesquisa no qual esses estudos têm se apoiado, apresenta um método que parece insuficiente para uma compreensão dinâmica dos fatores envolvidos no desenvolvimento dessa capacidade. O número de variáveis a serem investigadas é muito grande, o que faz da validade dos resultados, ainda uma questão aberta. O que se pensa é que a possibilidade de generalizações para outras culturas é desconhecida.(7)
Acredito que uma investigação que tenha como pano de fundo esse entendimento, certamente não poderá perder de vista as inúmeras variáveis que envolvem o desenvolvimento da resiliência ou, na contrapartida, da vulnerabilidade. Quero dizer com isso, que os fatores de risco, bem como os fatores protetivos aos quais as crianças e adolescentes estão submetidos e/ou têm acesso, devem ser o ponto de partida das análises, sendo identificados no contexto da comunidade em que se atua. Isso fará com que se tenha um conhecimento local do campo de atuação, favorecendo a geração de programas comunitários e preventivos específicos para a população à qual se dirigem. Esses programas direcionariam planos de ação que abarcassem as necessidades da realidade a ser trabalhada. Entendo que com esse direcionamento, os fatores de risco poderiam ser gradualmente amenizados. Por outro lado, e ainda mais importante, teríamos a promoção dos fatores protetores, o que faria com que a população tivesse cada vez mais acesso a eles, indo em busca, ou mesmo, criando seus próprios mecanismos de proteção.
Bibliografia
1. Celia, S. Promoção da saúde e resiliência. In: Fichtner, N. (org.) Prevenção, diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais da infância e da adolescência: um enfoque desenvolvimental. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.
2. Celia, S. Grupos comunitários. In: Zimerman, D., Osorio, L.C. Como trabalhamos com Grupos. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.
3. Cowan, P. A., Cowan, C. P., Schulz, M. S. Thinking about risk and resilience in families. In: Hetherington, e. M., Blechman, E. A. Stress, coping, and resiliency in children and families. Mahwan, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1966.
4. Fuentes, L. B., Serrano, R. H., Colmenarez, A. P. et al. El abuso sexual en niños e jovenes. Caracas: Ediluc., 1988.
5. Garmezy, N. & Masten, A. Chronic adversities. Em M. Rutter, E. Taylor & L. Hers (Orgs.) Child and adolescent psychiatry. Oxford: Blackwell Scientific Publications, 1994.
6. Henderson, N. & Milstein, M. M. . Resiliency in schools: Making it happen for students and educators. Califórnia: Corwin, 1966.
7. Hutz, C., Koller, S., Bandeira, D. Resiliência e vulnerabilidade em crianças em situação de risco. In Koller, S. (Org.) Aplicações da Psicologia na Melhoria da Qualidade de Vida. Porto Alegre: Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia. Coletâneas da ANPEPP, 1996; 1 (12)
8. Jessor, R.. Sucessful adolescent development among youth in high-risk settings. American Psychologist 1993;. 48, 117-126.
9. Koller, S. (1999). Violência Doméstica: uma visão ecológica. Em AMENCAR (Org.) Violência doméstica, 1999.
10. Rutter, M. Psycholsocial resilience and protective mechanisms. In: Rolf, J., Masten, A. S., Cicchetti, D. et al. Risk and protective factors in the development of psychopathology -) Cambridge, 1990.
da série: "o que é quarda cuva, wilson?"
olá, sou o wilson, sideral.. (está faltando emprego no planeta dos macacos..)
um erro nem sempre é errado. para quem se lembra domeu email "urgente: quarda cuva", e riu muito, aí vai uma dica. quarda cuva pode ser o nome de um importante festival na cidade espanhola de Cantabria. para quem quer saber mais, clique em http://www.cuva.es/
FESTIVAL CUVA - CANTABRIA/ESPANHA
porque as reitorias são ocupadas?
Breve histórico do ensino superior brasileiro
Ou, por que as reitorias são ocupadas?
Ou, por que as reitorias são ocupadas?
por Fernando Silvério, estudante da PUC-SP, militante do Movimento A Plenos Pulmões
"Privatizaram sua vida, seu trabalho,
sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contentes querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence".
sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contentes querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence".
Brecht
Antes de falarmos sobre a situação atual da PUC, é necessário recuarmos um pouco no tempo e entendermos os processos de transformação que o ensino superior brasileiro vem sofrendo nas últimas décadas. Dessa forma, entenderemos que o Redesenho institucional não pode ser compreendido de forma isolada, e deve ser analisado no contexto dos projetos atuais que são formulados para as universidades.
As universidades privadas e o PROUNI
Durante os anos do governo Fernando Henrique Cardoso, a partir da metade da década de 90, o Brasil acompanhou um enorme crescimento das universidades privadas. A baixíssima quantidade de brasileiros no ensino superior carecia de uma solução e, naquela conjuntura política, onde a iniciativa privada era professada como resposta para todos os males do país, a criação de universidades privadas surgia como a resposta mágica para o problema.
Assim, as instituições privadas passaram a ter muito mais facilidade para adquirir concessões e ter seus cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação - atraindo o interesse de diversos empresários e profissionais sem qualquer experiência com a área de educação, mas que enxergavam a possibilidade de obter grandes lucros com aquele mercado que se abria – e rapidamente se expandiram por todo o país. O ensino deixava de ser um direito de todos os cidadãos para se transformar em uma mercadoria a ser vendida, e as faculdades deixavam de ser unicamente instituições educacionais para tornaram-se empresas privadas. Os cursos que estas instituições passaram a oferecer, de modo geral, nunca primaram pela 'excelência acadêmica', mas sim por um tecnicismo voltado diretamente ao mercado de trabalho, isso é, uma forma de ensino que tem como fim exclusivo transformar os universitários em mão-de-obra qualificada para o mercado. E ainda assim, boa parte das vezes, só conseguem formar mão-de-obra semi-qualificada.
Os alunos dessas universidades, naturalmente, não seriam majoritariamente os filhos da classe média, mas, sim, os estudantes de classe média-baixa vindos do ensino público. Uma vez na faculdade, estes alunos tiveram enorme dificuldade em arcar com os custos das mensalidades, fazendo com que as universidades privadas tivessem muitos casos de inadimplência. Isso, somado ao quadro de recessão que o país viveu naqueles anos, gerou muitos problemas para as instituições privadas, e por volta do ano 2000 diversas delas já passavam por crise financeira.
Veio então o governo Lula e a criação do PROUNI, projeto que, sob o pretexto de ampliar as vagas nas universidades para alunos vindos do ensino público, repassava às faculdades privadas um considerável percentual das verbas que deveriam ser aplicadas na educação pública, conferindo lucro exorbitante aos donos dessas instituições. O ensino superior privado parecia salvo.
A Universidade Nova e o REUNI
No cenário atual, entretanto, o mercado das universidades privadas parece não dar mais conta da formação de mão-de-obra especializada que as elites julgam necessária para garantir o crescimento econômico do país. E o REUNI parece surgir para suprir essa falta. O REUNI é um projeto de reestruturação das universidades públicas proposto pelo Governo Federal e fortemente inspirado no modelo europeu de "universidade nova".
O atual Ministério da Educação parte do diagnóstico (correto, a nosso ver) de que o atual ensino superior brasileiro é uma criação da ditadura, extremamente arcaico e elitista, o que torna necessária uma ampla reestruturação. Não costuma mencionar, no entanto, que o ensino superior privado também foi criado pela ditadura militar e, a exemplo do que fazia o predecessor Paulo Renato, sempre tenta se esquivar quando são apontadas as semelhanças entre seus projetos de reforma e os acordos MEC/USAID.
Para o MEC, o mercado e as relações de trabalho se tornaram extremamente voláteis, de forma que um estudante não poderia mais passar quatro ou cinco anos em uma universidade, e seria necessário tornar os cursos universitários mais "ágeis" e "flexíveis". Em outras palavras, um mercado de trabalho precário exigiria a precarização da universidade pública. Dessa forma, o Governo propõe a criação de "ciclos básicos" com cerca de dois anos de duração, ou seja, transformar a universidade em uma extensão do ensino básico, possibilitando a qualificação da mão-de-obra dos alunos que nela ingressem. Após a conclusão do ciclo básico, pelo que indica o projeto, apenas os alunos com melhores notas poderiam prosseguir na universidade.
Ainda de acordo com o MEC, a criação destes ciclos tornaria mais barato o custo com os alunos nas universidades, possibilitando uma "grande ampliação das vagas" existentes. E, para que isso seja possível, é necessário "aproveitar as estruturas físicas existentes e o mesmo corpo docente". Isso é, as mesmas salas de aula serão utilizadas e não serão contratados novos professores. O que implica em um ensino com salas de aula superlotadas e professores sobrecarregados. Mas o Governo Federal promete "premiar" as universidades que aceitarem o REUNI com aumento de verbas, o que torna seu projeto bastante sedutor para algumas reitorias.
Como esse aumento de verbas, todavia, será insuficiente dadas as necessidades das universidades federais, o REUNI também possibilita maior facilidade nas parcerias entre os cursos universitários e as fundações e empresas privadas no que diz respeito ao financiamento de pesquisas. As parcerias com o capital privado, que são vistas como fabulosas por alguns, comprometem profundamente a autonomia da universidade e podem torná-la completamente submissa ao interesse das grandes empresas. Um caso emblemático nesse sentido é o da faculdade de Farmacologia da USP que, há alguns anos, era referência mundial na produção de medicamentos para doenças tropicais. Após a parceria com uma fundação, no entanto, a faculdade passou a pesquisar e produzir, quase que exclusivamente, produtos de beleza.
Dessa maneira, percebemos que algumas reivindicações históricas de docentes, técnicos administrativos e estudantes, como a ampliação de vagas e o aumento de verbas para a universidade, são usadas pelo Governo Federal para legitimar um projeto de universidade que propõe uma relação ainda mais direta entre universidades e mercado de trabalho. Fica claro para nós que o REUNI é incapaz de solucionar a contradição neoliberal de ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior público sem instrumentalizá-lo e torná-lo ainda mais funcional e dependente dos interesses do mercado. Muito pelo contrário, o projeto tem como pressuposto básico para a massificação da universidade pública a própria submissão do conhecimento ao mercado.
Projetos como o PROUNI e o REUNI demonstram a profunda crise do modelo atual de universidade pública e da própria cultura bacharelesca brasileira. E em resposta ao corporativismo acadêmico e ao acesso restrito às universidades surge a "democracia de mercado", ou seja, a formação massiva de mão-de-obra especializada como cerne da universidade. Em oposição a um ensino de qualidade para poucos, coloca-se um ensino precário e ainda mais voltado aos interesses do mercado para um número maior de pessoas. Número esse que, embora maior, continuará sendo baixo e mantendo a imensa maioria da população longe das universidades.
Dessa forma, chegamos a um impasse. Defender o modelo de universidade proposto pelo Governo, que contempla um número maior de pessoas apenas com a finalidade de aumentar o percentual mão-de-obra qualificada, ou defender o modelo tradicional, elitista e corporativo? A nosso ver, nenhuma das duas opções parece muito satisfatória. E mais do que nunca se torna necessário levantar a bandeira do ensino superior público, gratuito e de qualidade para todos. E por acreditarem nisso, milhares de estudantes pararam as suas universidades no último ano. Contra a imposição verticalizada do REUNI pelas reitorias, muitas das quais buscaram implementar o projeto sem efetuar qualquer discussão com a comunidade universitária, o movimento estudantil se levantou em 2007 ocupando reitorias e comandando greves em diversas universidades federais.
O que é importante notar é que, evidentemente, ainda que o REUNI seja muito útil para qualificar a mão-de-obra que as elites necessitam para expandir seus negócios e competir no mercado internacional, criando novos auxiliares de escritório, secretárias, etc., este modelo de universidade pública não serve para educar os filhos desta mesma elite e nem mesmo dos segmentos mais abastados da classe média. Assim sendo, será aberto um novo mercado para que a elite econômica, que poderá criar novas instituições privadas de "excelência", com mensalidades caríssimas
Erotização afeta crescimento de meninas
Erotização afeta crescimento de meninas
Exploração da imagem feminina na mídia causa depressão e a distúrbios alimentares. Problemas como anorexia já começam a surgir em meninas de 5 e 6 anos.
Imagens femininas cada vez mais erotizadas exercem pressão sobre meninas.
A erotização excessiva da imagem feminina nos meios de comunicação, na publicidade e no marketing pode ter efeitos psicológicos e físicos danosos para meninas e adolescentes, alerta um estudo publicado nos Estados Unidos.
A Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês) divulgou nesta semana um relatório que analisa 300 estudos publicados durante os últimos 18 meses, nos quais são analisados os meios de comunicação -- em particular a televisão --, filmes, revistas e inclusive letras de músicas e a silhueta das bonecas.
Esta pressão que os especialistas chamam de "erotização" baseia o valor de uma pessoa essencialmente e seu sex appeal e pode levar à depressão, a distúrbios alimentares e a um mau desempenho escolar, adverte a APA.
"As conseqüências da erotização das adolescentes nos meios de comunicação hoje são muito reais e têm, obviamente, uma influência negativa em seu desenvolvimento" , afirma a doutora Eileen Zurbriggen, chefe da equipe de pesquisas.
Esta pressão, acrescenta, pode afetar a saúde física e psicológica, a aprendizagem e o desenvolvimento sexual. Segundo o Centro Nacional de Medicina Infantil, há dez anos, os distúrbios alimentares, especialmente a anorexia, começavam quando as adolescentes tinham 15 anos. Atualmente, não é raro que as meninas de 5 e 6 anos comecem a apresentar estes problemas. O desempenho escolar também pode ser afetado pela erotização precoce.
O estudo cita uma experiência feita com adolescentes, a quem se pediu que vestisse um maiô ou uma camiseta. Depois de vestirem a peça escolhida, pediu-se que solucionassem um problema de matemática. As que usavam o maiô tiveram resultados piores do que as que escolheram a camiseta. A mesma experiência feita com meninos da mesma idade não registrou diferenças entre os dois grupos.
O relatório da APA, de 66 páginas, inclui conselhos para os pais que não sabem como ajudar os filhos a resistir a esta pressão social, evidente se levado em conta que, segundo um estudo da Kaiser Family Foundation, quase um em cada duas crianças americanas de 4 a 6 anos de idade tem um aparelho de televisão no quarto.
Os autores também analisaram videoclipes e denunciaram as letras de canções como "Don'tcha wish your girlfriend was hot like me?" (Você não gostaria que sua namorada fosse sexy como eu?), do grupo "Pussycat Dolls". A publicidade também aposta forte na erotização. Uma marca de sapatos (skechers) apresenta a cantora Christina Aguilera recostada em edredons, com a blusa aberta e chupando um pirulito.
As bonecas Bratz, concorrentes da Barbie, mostram "meninas de biquíni em jacuzzis preparando coquetéis, enquanto os meninos tocam guitarra e praticam surfe". A indumentária das bonecas é de minissaias e roupas com plumas.
A erotização da imagem da mulher gera preocupação na opinião pública, especialmente após a recente comoção provocada pela morte de modelos anoréxicas. Em Madri, as autoridades proibiram a participação nos desfiles de modelos demasiadamente magras e jovens. Na Itália, foi adotado um código de ética para selecionar as modelos e na França, o ministro da Saúde, Xavier Bertrand, pediu a um grupo de trabalho que elabore um código de ética para o uso da imagem feminina na publicidade.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
A EXPLORAÇÃO DA VIDA HUMANA, PELA NIKE
A EXPLORAÇÃO DA VIDA HUMANA, PELA NIKE
Nos dias de hoje estamos tão preocupados com nossos "pequenos problemas" que não reparamos que tem muita coisa horrível acontecendo mesmo porque não queremos mais aflição em nossa vida. Porem muitas pessoas ao redor do mundo sofrem, e cabe aquele que tem algum poder mudar, ou ao menos tentar alterar esse "circulo vicioso" de indiferença em que vivemos.
Assistimos na televisão alguma criança morrendo de fome em um pais miserável e 5 minutos depois vemos uma serie norte americana validando as virtudes de uma vida economicamente estável e sem preocupações sociais. A base de uma mudança social ano depende de bruscas mudanças, e sim de pequenos fatores. Quando resolvi escrever esse texto, não tive a intenção de convencer pessoa alguma a sair da segurança e conforto de sua casa para sujar as mãos, venho por meio deste tentar explicar a grande diferença que podemos fazer, sem alterar o estilo de vida que apreciamos.
Grandes Multinacionais sempre controlaram seus empregados de uma forma opressiva sem que a classe trabalhadora desse conta. Hoje com a chamada "globalização" temos acesso a informação que não era possível antes. Empresas com a Nike que surgiram como uma simples fábrica de calçados esportivos, agora operam um verdadeiro império.
Não ha nada de errado nisso muito pelo contrario acredito que todos nos em um sistema capitalista temos o direito de fazer o melhor possível. São os meios que fazem a diferença.
Nike tem custo mínimo na produção de seus produtos o que permite um excessivo gasto em marketing e pesquisa de mercado. A revolução que a Nike criou no mercado, funciona de uma forma insana, se paramos para pensar.
Alem de propaganda gratuita em seus produtos, eles conseguiram convencer milhões de pessoas que e de extremo bom gosto exibir seu logo tipo, convencendo ate os mais novos que e necessário, essencial para sua vida haver marca dessa empresa e assim ser aceito por outros de sua idade.
Essas imagens entram em nosso subconsciente sem percebermos, e quando temos que escolher um calcado ou acessório escolhemos os símbolo familiarizados como que por instinto.
A formula do sucesso da Nike e muito simples produzir acessórias de qualidade a baixo custo.
Como isso e possível ?
Explorando milhões de pessoas miseráveis nos países onde a situação econômica e mais critica, onde podem fazer seus operários a trabalharem 12 horas por dia ganhando menos de 30 centavos por dia.
A Nike tem fabricas ao redor do mundo, especialmente em países de terceiro mundo, onde as leis sejam escassa e onde os direitos humanos não são respeitados.
A fabrica da indonésia emprega trabalhadores menores de idade, crianças de 12,13 anos trabalham turnos de 12 horas em condições tão horríveis que seria difícil achar algo parecido em nosso pais.
Justificativas poderiam ser apresentadas se a companhia fosse uma pequena empresa local, mas estamos falando de uma dos maiores impérios do mundo.
A custa de mães solteiras que em um pais pobres e islâmico, não conseguem encontrar um trabalho digno para alimentar seus filhos sendo assim devem se submeter a uma vida de semi-escravidão.
Quando ativistas a favor dos direitos humanos começaram a investigar os estabelecimentos da Nike em indonésia, não podiam acreditar em que seus olhos viam, alem da vida de semi-escravidão de seus operários, ainda são forcados a trabalhar com produtos químicos altamente tóxicos e sem nenhuma proteção.
Essa fábrica se transformou em um alvo para ativistas a favor dos direitos humanos ao redor do mundo.
Nike tem fabricas nos países mais miseráveis do mundo, onde lhes garante mão-de-obra barata e sem ter que cumprir nenhum dos deveres de um empregador de uma pais de primeiro mundo.
Bolas de Futebol da Nike são feitas em pequenos quartos sem janelas, por velhos jovens e crianças sentados no chão de cimento em pequenas aldeias do Afeganistão.
Tênis da Nike vem de suas putrificas fabricas no Vietnã, Indonésia Camboja e China.
O que você pode fazer para combater essa injustiça? Simplesmente não compre nada que a NIKE produtos. E o mínimo que você pode fazer
Sweatshops: uma realidade em expansão
indianas baratas.. como vc acha que um tecido
tão belo é produzido, para chegar até aqui, no Brasil
a preços tão acessíveis e de boa qualidade???
Sweatshops: uma realidade em expansão
Mais e mais utilizada nos últimos anos, a expressão sweatshops (literalmente, "fábricas do suor") indica uma situação de exploração extrema dos trabalhadores, caracterizada por um salário abaixo do mínimo necessário à sobrevivência, pela ausência de qualquer forma de garantia ou proteção trabalhista, pela exploração de crianças, pelas condições de trabalho perigosas para saúde ou por ameaças, moléstias sexuais e abusos físicos e psicológicos no lugar de trabalho.
As denúncias internacionais contra os sweatshops crescem a cada ano e formam uma triste antologia que nos mostra as inúmeras possibilidades para exploração dos trabalhadores: mulheres forçadas a tomar contraceptivos ou submetidas a testes de gravidez e que são demitidas em caso dêem positivo, trabalhadores expostos a substâncias tóxicas, ameaçados e demitidos em caso de protestos, forçados a turnos de trabalho de até 19 horas, impedidos de abandonar o trabalho por meio de vigias armados.
De acordo com a organização Global Echange, os trabalhadores em El Salvador envolvidos na produção de tênis que nos EUA custam cerca de 140 dólares, ganham 24 centavos de dólar a cada sapato produzido. Na China, trabalhadores morreram vítimas de sweatshops, para uma doença que ganhou o nome de "guolaosi": morte súbita por hiper-trabalho. Porém, ao contrário do que se pensa, os sweatshops não são realidades exclusivas do sul do mundo. São comuns em muitos países do leste europeu e existem até nos EUA. De acordo com a ONG CorpWacht, em Los Angeles, dois terços dos imigrados que trabalham na confecção de roupas não recebem o salário mínimo garantido pela lei.
Ao mesmo tempo em que as sweatshops foram se difundindo, também cresceu na opinião pública mundial um sentimento de indignação contra essa prática ilegal. Muitas Ongs se especializaram na luta contra os sweatshops. Em 1997, um relatório confidencial da companhia multinacional Nike, divulgado pelo CorpWacht, ganhava destaque nas capas de jornais do mundo inteiro, mostrando que os trabalhadores de uma fábrica ligada à multinacional, no Vietnã, eram submetidos a condições de trabalhos duríssimas. A Nike admitiu as acusações meses depois, na tentativa de atenuar a queda de vendas e das ações. Nos anos seguintes, as companhias acusadas de envolvimento na prática de sweatshops cresceram, incluindo, de acordo com a organização Sweatshop Watch, as multinacionais Levi's, Tommy Hilfiger, American Eagle, Calvin Klein, Gap, Wal-Mart, Polo-Ralph Lauren, Kmart e muitas outras. A Disney foi também acusada de exploração dos trabalhadores. De acordo com The National Labor Committee, uma ONG baseada em New York, os trabalhadores da fábrica Shah Makhdum, em Bangladesh, que produze camisetas da Disney, são submetidos a períodos de trabalho ininterrupto de até 15 horas, 7 dias por semana.
A maioria das companhias nega as acusações feita pelas Ongs, alegando o respeito das leis trabalhistas locais sobre salário mínimo ou, mais freqüentemente, negando suas responsabilidades: a maioria das fábricas são terceirizadas, com donos locais, e as multinacionais afirmam de não ter controle nem conhecimento sobre o que acontece dentro delas.
Com a realização das Olimpíadas de Atenas 2004, várias organizações e sindicatos - entre as quais a britânica Oxfam - se juntaram para lançar a campanha "Jogue limpo nas Olimpíadas", pedindo que as empresas de moda esportiva respeitem os direitos dos trabalhadores e assumam o compromisso com a eliminação das sweatshops e da exploração infantil. Para promover a campanha estão sendo produzidas camisetas esportivas com o número: "16", por exemplo, significando "16 horas por dia, 6 dias por semana", ritmo de trabalho de centenas de milhares de trabalhadores explorados. Ou "3", significando "3 dólares por dia para fabricar tênis de 90 dólares".
A Oxfam também lançou, em fevereiro passado, um relatório baseado em entrevistas em 12 países, sobre o impacto da exploração sobre mulheres trabalhadoras.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Nota de Repúdio
Nota de Repúdio
Estudos sobre a "base biológica para a violência em menores infratores": novas máscaras para velhas práticas de extermínio e exclusão.
É com tristeza e preocupação que recebemos a notícia de que Universidades de grande visibilidade na vida acadêmica brasileira estão destinando recursos e investimentos para velhas práticas de exclusão e de extermínio. A notícia de que a PUC-RS e a UFRGS vão realizar estudos e mapeamentos de ressonância magnética no cérebro de 50 adolescentes infratores para analisar aspectos neurológicos que seriam causadores de suas práticas de infração nos remete às mais arcaicas e retrógradas práticas eugenistas do início do século XX.
Privilegiar aspectos biológicos para a compreensão dos atos infracionais dos adolescentes em detrimento de análises que levem em conta os jogos de poder-saber que se constituem na complexa realidade brasileira e que provocam tais fenômenos, é ratificar sob o agasalho da ciência que os adolescentes são o princípio, o meio e o fim do problema, identificando-os seja como "inimigo interno" seja como "perigo biológico", desconhecendo toda a luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes, que culminou na aprovação da legislação em vigor - o Estatuto da Criança e do Adolescente. Pensar o fenômeno da violência no Brasil de hoje é construir um pensamento complexo, que leve em consideração as Redes que são cada vez mais fragmentadas, o medo do futuro cada vez mais concreto e a ausência de instituições que de fato construam alianças com as populações mais excluídas. É falar da corrupção que produz morte e isolamento e da precariedade das políticas públicas, sejam elas as políticas sociais básicas como educação e saúde, sejam elas as medidas sócio-educativas ou de proteção especial. Enquanto a Universidade se colocar como um ente externo que apenas fragmenta, analisa e estuda este real, sem entender e analisar suas reais implicações na produção desta realidade, a porta continuará aberta para a disseminação de práticas excludentes, de realidades genocidas, de estudos que mantêm as coisas como estão. Violência não é apenas o cometimento do ato infracional do adolescente, mas também todas aquelas ações que disseminam perspectivas e práticas que reforçam a exclusão, o medo, a morte. Triste universidade esta que ainda se mobiliza para este tipo de estudo, esquecendo-se que a Proteção Integral que embasa o ECA compreende a criança e o adolescente não apenas como "sujeito de direitos" mas também como "pessoa em desenvolvimento" - o que por si já é suficiente para não engessar o adolescente em uma identidade qualquer, seja ela de "violento" ou "incorrigível".
A universidade brasileira pode desejar um outro futuro: o de estar à altura de nossas crianças e adolescentes.
Ray Charles
Ray!: Original Motion Picture Soundtrack (2004)1. Mess Around2. I Got A Woman3. Hallelujah I Love Her So (Live)4. Drown In My Own Tears5. Night Time Is The Right Time6. Marianne7. Hard Times8. What'd I Say(Live)9. Georgia On My Mind10. Hit The Road Jack11. Unchain My Heart12. I Can't Stop Loving You (Live)13. Born To Lose14. Bye Bye Love15. You Don't Know Me (Live)16. Let The Good Times Roll (Live)17. Georgia On My Mind (Live)
More Music from Ray (2005)1. Leave My Woman Alone2. Lonely Avenue3. Rockhouse Parts 1 &24. I Believe To My Soul5. Losing Hand6. But On the Other Hand Baby7. Baby, It's Cold Outside8. Danger Zone9. Busted10. Makin' Whoopee (Live)11. Let's Go Get Stoned12. Drifting Blues13. Baby Let Me Hold Your Hand (2003 version)14. You Don't Know Me/Drown In My Own Tears (2003 version)15. Every Day I Have the Blues (2003 version - vocal de Chris Thomas King)16. America The Beautiful
Ray Sings, Basie Swings (2006)1. Oh What A Beautiful Morning2. Let The Good Times Roll3. How Long Has This Been Going On?4. Every Saturday Night5. I Can't Stop Loving You6. Cryin' Time7. Busted8. Come Live With Me9. Feel So Bad10. The Long And Winding Road11. Look What They've Done To My Song12. Georgia On My Mind
O foda de curtir Ray Charles é q ele começou a fazer sucesso em uma época em que não se gravava álbuns, apenas singles. Juntar a discografia de um cara desses é trabalho para um historiador! Some-se a isso o péssimo tratamento que as gravadoras dão a esse material antigo e o fato de que não se lança nada disso aqui no Brasil. Por aqui só se lança aquelas malditas coletâneas de R$10,00, que trazem, normalmente, as mesmas 15 ou 20 músicas (parece que o cara só tem aquelas!)Não bastasse tudo isso, a gente se depara com discos como estes do post de hoje. São três discos lançados nesta década, que trazem um track list praticamente igual, mas os três discos são diferentes e todos são geniais!O primeiro (Ray! Original Soundtrack) é uma coletânea dele, com todas aquelas músicas manjadas, mas com algumas apresentações ao vivo que valem o download.O segundo é a continuação da trilha sonora do filme Ray (More Music From Ray). Dessa vez, o diretor se sentiu livre pra fazer uma seleção para os fãs do Ray. Como ele já havia colocado praticamente todas as manjadas no primeiro, para este sobrou coisas como a versão magistral de "Makin' Woopee" ao vivo. Nesta música, os versos do meio descrevem o divórcio do casal-personagem da música, e ouve-se a platéia inquieta com as frases "Eu não ganho muito dinheiro/Apenas 5 mil pra cada/E um juiz que se acha engraçado/Diz que eu tenho que pagar 6 pra ela/Eu digo "mas, juiz, suponha que eu não pague"/E o juiz diz "Ray, meu filho, vai direto pra cadeia. É melhor você ficar com ela... Eu acho que é mais barato..." e, ouvindo a platéia inquieta Ray confessa "haha... Vocês sabem que eu estou fazendo isso mesmo..."Esse disco traz ainda algumas gravações inéditas que Ray fez especialmente para o filme. Talvez a mais curiosa de todas é a versão de "Baby let me Hold Your Hand" em que Ray toca acompanhado apenas pelo guitarrista Slash (aquele mesmo, do Guns'n'Roses). Quando Ray chegou no estúdio com Slash o diretor foi perguntar pro Ray que diabos ele estava pensando e sua resposta foi "Don't worry, baby, this cat can play". Como sempre, Ray estava certo...O último disco de hoje, Ray Sings, Basie Swings, lançado em 2006 é um daqueles milagres da tecnologia: Ray fez uma turnê pela Europa com a lendária Count Basie Orchestra em meados da década de 70. Pouco tempo atrás, a gravadora encontrou as fitas com o áudio dessas apresentações, perdidas nos seus arquivos. Os engenheiros ouviram e encontraram um Ray Charles no seu auge, cantando melhor do que nunca, mas a orquestra que o acompanhava estava quase inaudível. A Count Basie Orchestra foi convocada ao estúdio para gravar novas versões que acompanhariam aquelas gravações antigas de Ray. O resultado foi, mais uma vez genial! Um dos melhores discos de Ray! E, apesar de parecer que são exatamente as mesmas músicas dos outros dois discos postados, não são. São versões renovadas e com um swing diferente. Atenção para o trompete rasgado que leva a melodia de "Let The Good Times Roll" por exemplo. Vale a pena ouvir esse disco umas dez vezes seguidas pelo menos!
FraGmenTo do livRO de BaracK ObaMA
Barack Obama
Leia a seguir pequeno fragmento do livro do senador Barack Obama, “A Audácia da Esperança”, que pode ser encontrado sem dificuldade nas livrarias do país.
(...) quando ouço os comentaristas dizendo que meu discurso é sinal de que chegamos à “política pós-racial” ou de que já vivemos em uma sociedade sem discriminação racial, preciso fazer uma ressalva. Dizer que todos formamos um só povo não é sugerir que nele as questões de raça foram superadas; nem que a luta pela igualdade foi vencida, ou que os problemas hoje enfrentados pelas minorias neste país são em grande parte causados por elas mesmas. Conhecemos as estatísticas: em quase todo indicador socioeconômico, da mortalidade infantil à expectativa de vida, da taxa de emprego à moradia própria, os negros e os latino-americanos continuam bem atrás dos brancos. Nos altos cargos executivos de todos os Estados Unidos, as minorias não estão representadas; no Senado, há apenas três membros latinos e dois asiáticos (ambos do Havaí); e ao escrever isso hoje, sou o único afro-americano no recinto. Sugerir que nossa atitude em relação à raça não tem um papel importante nessas disparidades é fechar os olhos para nossa história e experiência – e uma tentativa de nos livrar da responsabilidade de consertar a situação.
Além disso, embora minha própria criação dificilmente seja um exemplo típico da experiência afro-americana – e embora por sorte e circunstância, eu hoje ocupe uma posição que me separa da maioria dos solavancos e contusões que o negro comum costuma enfrentar -, sou capaz de relatar a ladainha usual de pequenos insultos que me foram direcionados ao longo de meus 45 anos: seguranças me seguindo quando entro em lojas de departamento, casais brancos que me jogam a chave de seus carros quando estou parado fora do restaurante esperando pelo valet, carros de polícia que me param por nenhuma razão aparente. Sei como é ouvir gente dizer que não posso fazer algo por causa da minha cor, e conheço o gosto amargo da raiva ao engoli-la a seco. Também sei que eu e Michelle devemos estar sempre atentos em relação a algumas das histórias prejudiciais que nossas filhas poderão absorver – da televisão, de músicas, dos amigos e das ruas – sobre quem o mundo acha que elas são, e sobre o que o mundo imagina que deveriam ser.
Pensar a questão da raça de forma clara, portanto, exige que vejamos o mundo em uma tela dividida – para, enquanto olhamos sinceramente para a situação atual do país, termos em mente que tipo de nação queremos, a fim de reconhecer os pecados de nosso passado e os desafios do presente sem ficarmos presos ao cinismo ou desespero. Testemunhei uma profunda mudança nas relações raciais ao longo de minha vida. Fui capaz de senti-la com tanta clareza como alguém sente uma mudança de temperatura. Quando ouço algumas pessoas da comunidade negra negarem essas mudanças, penso que isso não apenas desonra os que lutaram pelo nosso interesse, mas também nos impede de completar o trabalho que eles começaram. Porém, por mais que insista em que as coisas melhoraram, também sei que na verdade melhorar não é o bastante”.
(Fragmento extraído de Obama, Barack. A Audácia da Esperança – reflexões sobre a reconquista do sonho americano. Trad. Candombá. São Paulo, Larousse do Brasil, 2007. pp.250-252 .)
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
O rosto do RACISMO
O rosto do RACISMO
Mulher que se incendia como protesto à descriminação racial.
O que se segue serve de alerta especial a todos os angolanos residentes em Angola, mas também a todos os africanos que entendam a lingua portuguesa (moçambicanos, guinienses, Cabo-verdianos e São-Tomenses e até congoleses) e que se encontrem nos seus respectivos países. Serve também como chamada de atenção aos dirigentes africanos dos mesmos países, em particular de Angola.
Mulher que se incendia como protesto à descriminação racial.
O que se segue serve de alerta especial a todos os angolanos residentes em Angola, mas também a todos os africanos que entendam a lingua portuguesa (moçambicanos, guinienses, Cabo-verdianos e São-Tomenses e até congoleses) e que se encontrem nos seus respectivos países. Serve também como chamada de atenção aos dirigentes africanos dos mesmos países, em particular de Angola.
No dia 17 de Outubro do ano corrente, uma senhora chamada Maggy Delvaux-Mufu, de nacionalidade belga mas de origem congolesa, de 42 anos e mãe de 3 filhos, residente em Luxemburgo, que foi constantemente vitima de racismo naquele país, tomou uma atitude bastante radical para chamar atenção da sociedade naquele país e a nível mundial sobre a presença do racismo e seus efeitos nefastos.A senhora em causa, estava atolada em dividas. Desesperada, recorreu a uma organização que ajuda a solucionar problemas relacionados com dívidas naquele país(na Holanda exíste uma organização semelhante). Ela escreveu várias cartas a esta organização, explicando os motivos das suas divídas, o montante da divída, e solicitando ajuda.Em resposta, a senhora em causa ao invés de receber da referida organização algum tipo de apoio(o procedimento normal nestes casos sería convidar a senhora para uma entrevista, analisar bem o caso dela e depois establecer algum critério que lhe ajudasse a saldar a divida, desde que ela se comprometesse a pagar em "miúdos", depois de 1 ou 2 anos, o dinheiro de volta á referida organização)ela foi recebendo cartas de conteúdo racista, vez após vez, o que passava a mensagem de que, pelo facto dela ser "negra", não merecía apoio algum, e que só mesmo pessoas da raça dela("negra") é que se individaríam a tal ponto.Delvaux-Mufu não teve apenas esta experiência de racismo na sua vida. Antes disso, a senhora Mufu já notava que em alguns lugares lhe eram dado "olhares estranhos" apenas por ser preta. Já se confrontara com situações em que foi chamada de "negra", ou discriminada de outras maneiras. A senhora Mufu estava farta de ser discriminada.As cartas de conteúdo racista foram a gota d'água para ela.Uma Atitude Chocante!Em reação ás varias cartas de conteúdo racista que foi recebendo, a senhora Mufu decidíu escrever para vários jornais avisando da situação dela e que ela se queimaría viva em público, já que por ser "negra" não merece gozar dos mesmos direitos que os outros cidadãos naquele país(notem que ela tinha nacionalidade europeia).O Jornal "Le jeudi" tornara pública uma de suas cartas, em que a senhora dizía em parte: "eu sou contra todo tipo de violência mas o que se passa é que cada dia que passa eu e a minha familia temos de suportar violência moral, discriminação e muito mais do senhor Juncker da admnistração", disse na carta publicada na semana passada.A senhora Mufu alertara a opinião pública nacional que se queimaría viva no largo dos mártires no centro de Luxemburgo as 12 horas, em protesto contra o racismo. Apesar de muitos dos leitores dos jornais e até instancias do estado a principio não levarem a sério as palavras desta senhora de origem africana, a policia foi alertada e um grupo de oficiais foi destacado para o local.No mesmo dia que a senhora Mufu prometeu queimar-se viva, esteve antes, pela manhã, em frente ao gabinete do primeiro ministro protestando contra a maneira que estava a ser tratada e solicitando ajuda para melhorar a sua situação financeira.Durante o protesto, a senhora Mufu reiterou a sua ameaça de se queimar viva em protesto contra o racismo. Ninguém do gabinete do primeiro ministro deu ouvidos á senhora mas a policia mais uma vez foi alertada. Mais tarde, no mesmo dia, a senhora Mufu dirigiu-se ao largo dos mártires, no centro de Luxemburgo.Camufladamente, ela carregava com ela uma bolsa onde havia um Isqueiro e uma lata de gasolina. A policia já patrulhava a área. Repentinamente, a senhora Mufu muda de planos. Ao invés de dirigír-se ao largo dos mártires como avisara, ela se dirige agora para a "praça das armas", um lugar oposto ao largo dos mártires, onde se reunía um grupo de jornalistas que cobría um evento organizado pelo "Movimento ecológico".Ás pressas, a senhora Mufu se dirige para o meio dos jornalistas, e avisa que estava prestes a sacrificar a sua vida em protesto contra o racismo. Momentos depois, num gesto que assustou as centenas de pessoas concentradas no local, a senhora Mufu abre a sua bolsa e retira dela uma lata de gasolina e despeja sobre si! A multidão entra em panico.Em poucos segundos, a senhora Mufu já tem um Isqueiro aceso na mão e incendia-se a sí mesma no meio de toda multidão reúnida! Bastou acender o isqueiro e a senhora Mufu transforma-se logo numa tocha humana. Imediatamente os jornalistas tentaram abafar o fogo com os seus casacos e camisolas, enquanto a senhora Mufu começava a gritar bem alto e correndo, devido a dor que sentía. Foi uma cena deveras chocante, inimaginável.Abaixo, seguem algumas imagens desta cena horripilante, conforme saíu no canal de televisão RTL.Centenas de pessoas começaram a correr dispersas enquanto viam no centro da cidade uma mulher negra, envolta em chamas, a correr e a gritar em desespero. Pelos gritos da senhora Mufu dava para perceber quão grande era a dor que sentía devido a queimadura. Alguns dos transeuntes devído aquela cena começaram a vomitar, outros simplesmente fugiram do lugar. Quando as ambulancias e os bombeiros chegaram no local, as chamas já tinham sido extintas do corpo da senhora pelas dezenas de pessoas que acorreram em seu socorro.Delvaux Mufu foi levada para o hospital ainda viva, mas em estado grave. Até hoje ela continua viva mas lutando pela sua vida no hospital Bon Secours METZ, onde se encontra internada. Tem recebido diversas visitas de pessoas de diferentes escalões sociais, desde politicos até membros de ONG's e activistas dos direitos humanos.A Necessidade de uma África para os africanos.Como residente na Europa, o berço do racismo, tenho andado a reflectír muito nestes últimos dias na atitude desta senhora congolesa.Delvaux Mufu tem sido chamada de "O rosto do Racismo", e a sua atitude expõe a hipócrisia da sociedade europeia no que se refere ao racismo. O racismo existe, e na Europa tem raízes muito fortes. O africano até nos dias de hoje continua a ser humilhado, barrado em muitas áreas na Europa apenas pela sua aparência e côr da pele.Não existe no mundo nenhuma raça mais discriminada e humilhada do que a raça "negra".Dificilmente eu tería orgulho de alguma vez ser chamado de europeu, ainda que exiba a nacionalidade holandesa. A senhora Mufu era "belga" de nacionalidade, mas tinha um "handicap": era "negra", e para os adeptos de "James Watson", ela é inferior e portanto não merece os mesmos direitos que os europeus autoctenes.Perante esta realidade, surge a necessidade de construírmos uma África onde o homem africano se possa sentír verdadeiramente dono da sua terra e do seu destino.Isso só vai acontecer quando os líderes africanos tomarem consciência de que é hora de começarem a investir no homem africano. Isso evitará que o africano tenha de emigrar constantemente a procura de pão, trabalho e liberdade além fronteiras.Se cultivarmos o hábito de nos defendermos, de nos valorizarmos como africanos que somos, evitaremos assistir constantemente a fuga massiva de africanos de África para a Europa onde quase sempre acabam sendo discriminados e tratados como cidadãos de segunda.Recentemente o Israel expulsou 45 imigrantes africanos de Darfur, que pretendiam se refugiar naquele país. Eles nem foram permitidos entrar no país. Foram simplesmente expulsos e abandonados á sua sorte, e nem contaram com a solidariedade de país africano algum!Os líderes africanos devem ganhar juízo e cultivar valores como solidariedade, amor e respeito para com o seu povo. O africano deve sentír-se seguro e orgulhoso de viver em África, porque não existe nenhuma outra parte do mundo onde o homem africano ou "negro" não seja discriminado.Irónicamente até em África o africano é discriminado na côr da sua pele; não é só discriminado: é privado de todos os seus direitos fundamentais, fazendo-o emigrar em busca de novas perspectivas.O cúmulo da vergonha é assistirmos em Angola, cidadãos perderem suas casas a favor de alguns refugiados portugueses, supostamente os donos das mesmas casas antes da Independência.O caso mais recente é o do cidadão português José Borges, que para além de ser um cidadão português, que comprovadamente se encontrava ilegal, ainda lhe foi dado o privilégio de abrir um processo judicial contra um conhecido jornalista angolano.Este privilégio jamais um refugiado africano terá na Europa. Os nossos líderes são tão distraídos, que logo após a dipanda se esqueceram de promulgar leis que condenassem o colonialismo e até os "comprovados" ex-colonialistas; ao invés disso, assiste-se a chegada massiva de vários ex-colonialistas em Angola, a maioría deles refugiados económicos, que se dão ao direito(que lhes é dado) de exigír as suas pertences do periodo colonial, conquistado ilegalmente em Angola!É assim que muitos de nós acabamos por nos encontrar na mesma situação vivida por Delvaux-Mufu. Esta senhora podía ser angolana. Esta senhora podía ser a mãe ou a irmã de um de nós. Esta senhora é uma africana que merecía estar em África a viver bem (o Congo é um país tão rico)!Conforme eu dizia no inicio, em Angola nunca vivi uma experiência pessoal de racismo. Mas um amigo meu, um angolano estudante na África do Sul que recentemente visitou Angola de férias, me deu novidades nada agradaveis relacionado a este assunto.Ele constatou em loco, para a sua tristeza, que há uma tendência muito grande do aumento do racismo em Angola. Segundo ele, existem empresas em Angola, principalmente bancos, que preferem contratar pessoal de raça branca ou raça mestiça(em Angola existe raça mestiça, basta dar uma olhada no B.I de alguns),como seus funcionários. Estes, auferem geralmente um salario melhor, para não mencionar outros privilégios. Certa vez tentei questionar isso a uma amiga advogada, uma jovem angolana de "raça mestiça" residente em Luanda.Quís saber dela, desse boato que exíste por ai, de que nos bancos em Angola e em algumas empresas, os brancos e mulatos são privilégiados. A resposta dela foi mais ou menos esta:"Tens de vêr que as empresas precisam de pessoas competentes para trabalhar nas mesmas, não se trata de racísmo, trata-se de competencia", respondeu ela."Então queres dizer que os pretos não são competentes"? Perguntei eu admirado com a resposta dela. Ela não soube me responder a esta pergunta.Eu só espero que no meu regresso para Angola, depois de aturar os racistas de cá, não me volte a confrontar com os racistas de lá. A minha atitude podería ser tão radical como a da senhora Mufu....mas de maneira inversa!Até lá, rezemos todos pela recuperação da senhora Mufu, uma africana corajosa que se mostrou disposta a sacrificar a sua vida em protesto contra o racismo!Noticia triste. Morreu Maggy Delfaux-Mufu, a senhora africana de origem congolesa, em resultado dos graves ferimentos de queimadura. Triste, triste, triste! Mais triste ainda fiquei quando soube que afinal, Delfaux-Mufu já estava morta por altura da publicação do meu artigo que falava sobre ela .Acabou por falecer mesmo no hospital "Bon Secours METZ" onde estava internada.Para aqueles que ainda duvidam ou duvidavam dos motivos por trás da atitude de Delfaux-Mufu, já está tudo esclarecido: Delfaux-Mufu foi pura e simplesmente discriminada a base da sua raça.Muitos jornais tornaram públicas as cartas de conteúdo racial que esta senhora foi recebendo, bem como as cartas em que ela exprimía o seu descontentamento, a sua frustração perante toda essa situação.No meio disso tudo surgíu também uma nova revelação: Delfaux-Mufu era afinal casada com um homem de raça branca! Imagine! Nem mesmo o facto dela estar casada com um homem "branco" lhe servíu de "escape" ao racismo.Podemos tirar lições disso?O pior ainda não disse! É que, ao que tudo parece, o própio marido sabía que a esposa faría o que fez e ainda foi Cumplice! Tudo porque ele, segundo se diz, quería a todo custo se vêr livre das dificuldades financeiras, e a atitude da sua esposa lhe daría uma "grande ajuda nisso"! O mesmo esposo acompanhou a senhora Mufu até ao largo das armas, local em que esta senhora viría a incendiar-se, e é um dos que tenta extinguír as chamas da senhora conforme ilustra a foto abaixo!A noticia está a correr muitos blogues africanos, inclusive um blogue em Swahili.Uma organização de africanos e descendentes africanos lançou em tempos uma campanha que tem como objectivo consciêncializar os africanos(principalmente as mulheres africanas), a não casarem com europeus apenas como forma de fugír ao racismo. O centro da mensagem é: "tenha orgulho da sua raça, não importa quão discriminado sejas".Abaixo copiei alguma das palavras( em inglês)usadas nesta campanha, palavras estas que também já estão a ser colocadas em alguns blogues (africanos) na Internet:"To marry a White person in a White Supremacist Racist controlled environment is no protection from White Supremacist Racist activity.Many have had to learn this lesson the hard way.In our work to neutralise the power of Institutional (Organised) Racism, we work to minimise the suffering and death of the victims of White Supremacist ideology".O Racismo existe, e esta senhora foi uma das suas vitimas. Ela morreu, mas o racismo continua vivo, e cada um de nós poderá ser a própia vitima.Conforme me foi traduzido de um blogue em Swahili, "Delfaux-Mufu representa a mãe África".Não tenho palavras que chegam para exteriorizar a minha profunda tristeza, e até raiva pelo sucedido com esta senhora. O pior é que não houve sequer um gesto de solidariedade das autoridades do seu país de origem(O Congo), o que mostra mais uma vez a falta de solidariedade do(s) lidere(s) africano(s) para com o(s) própio(s) africano(s).Se denunciar os constantes abusos contra a raça negra significa ser racista; se denunciar que esta senhora passou o que passou apenas por ser "negra"-africana significa ser racista; Se denunciar que a senhora Mufu não é a única, mas que existem milhões que vivem situações semelhantes pela Europa significa ser racista; E se exigír que os lideres africanos devem trabalhar para edificar uma África onde o africano possa ser defendido e sentír-se seguro e protegido significa ser racista......então prontos!Que assim seja!
Maggy Delfaux Mafu, é uma mártir vitima do racismo! Para você que leu e entendeu...por favor: passe a mensagem!
*Nota: Que ninguém repita a atitude de Delvaux-Mufu, que eu condeno e considero ter sido a mais errada possível.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Povos da África guardam menos mutações ruins
Povos da África guardam menos mutações ruins
da Reuters
O outro estudo, liderado por Noah Rosenberg, da Universidade de Michigan, analisou DNA de 485 pessoas de todos os cantos do mundo, em busca de vários tipos de variação genética. O trabalho também reforça teoria da origem africana. "A diversidade [genética] sofreu erosão ao longo do processo migratório", diz Rosenberg.
A pesquisa confirma que povos africanos são os mais diversos, seguidos dos do Oriente Médio, depois dos do resto da Ásia e europeus. Os menos diversos são os nativos americanos.
da Reuters
Populações de origem africana têm o DNA mais diversificado e com uma prevalência menor de mutações genéticas que podem levar a doenças. A conclusão saiu de dois grandes estudos que saem hoje na revista "Nature" (http://www.nature.com/).
Trabalhos reforçam a teoria segundo a qual os humanos modernos evoluíram na África
Os trabalhos, ambos conduzidos nos EUA, reforçam a teoria segundo a qual os humanos modernos evoluíram na África e só depois migraram através da Europa e da Ásia para chegar ao Pacífico e às Américas.
Os trabalhos, ambos conduzidos nos EUA, reforçam a teoria segundo a qual os humanos modernos evoluíram na África e só depois migraram através da Europa e da Ásia para chegar ao Pacífico e às Américas.
Os dois trabalhos remontam uma história de humanos tendo suas populações encolhidas à medida que migram. Povos que cresceram fora da África se espalharam a partir de um reservatório genético menor, enquanto populações que ficaram no continente mantiveram sua diversidade genética.
"Uma coisa que não pode ser dita a partir desse estudo é que o genoma de uma pessoa é de alguma forma mais saudável ou evolutivamente adequado do que o de outra", afirmou Carlos Bustamante, geneticista da Universidade Cornell, que liderou um dos dois estudos. "É preciso pensar sobre isso no nível de populações."
Bustamante estudou seqüências de DNA de um grupo de pessoas relativamente pequeno --15 afro-americanos e 20 euro-americanos-- mas examinando um grande numero de alterações genéticas conhecidas pela sigla SNP (Polimorfismos de Nucleotídeo Único, em inglês). Grosso modo, os SNPs são aquelas "letras" do DNA que podem variar entre uma pessoa e outra -a maior parte do genoma é igual entre todas as pessoas.
Bustamante afirma que possivelmente algumas das variações genéticas estudadas por ele podem ser benéficas, e pretende compará-las com mutações causadoras de doenças já conhecidas. "Gostaríamos de já ter feito isso", afirmou.
O outro estudo, liderado por Noah Rosenberg, da Universidade de Michigan, analisou DNA de 485 pessoas de todos os cantos do mundo, em busca de vários tipos de variação genética. O trabalho também reforça teoria da origem africana. "A diversidade [genética] sofreu erosão ao longo do processo migratório", diz Rosenberg.
A pesquisa confirma que povos africanos são os mais diversos, seguidos dos do Oriente Médio, depois dos do resto da Ásia e europeus. Os menos diversos são os nativos americanos.
Deputado israelense culpa homossexuais por terremotos
Deputado israelense culpa homossexuais por terremotos
Qua, 20 Fev, 09h16
JERUSALÉM (AFP) - Os homossexuais são responsáveis pela onda de terremotos que atingiu Israel nos últimos meses, porque Deus advertiu que não se deve "menear" os genitais indevidamente, disse nesta quarta-feira no Knesset (Parlamento) um deputado israelense ortodoxo.
"O Talmud nos ensina que uma das causas dos terremotos é a homossexualidade", disse Shlomo Benizri, um dos 12 deputados do partido Shass, referindo-se ao livro que reúne a tradição oral religiosa judaica. O Knesset legalizou o homossexualismo em 1988 e nos anos seguintes diversas leis passaram a reconhecer os direitos dos homossexuais.
"Deus disse que sacudiria o mundo 'para despertar-vos se menearem vossos genitais' onde não tenham que fazê-lo", afirmou Benizri em uma comissão parlamentar que estuda medidas para proteger o país dos tremores. Israel sofreu uma série de terremotos nos últimos meses, o último deles na sexta-feira passada, de 5 graus na escala Richter.
O Vale do Jordão, o Mar Morto e, mais ao sul, o deserto de Arava e o Mar Vermelho se encontram sobre a falha sírio-africana, local de freqüente atividade sísmica.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
VAC 2008 Mostra Direitos Humanos e Utopias
No ano de 2008 temos pelo menos quatro efemérides importantes significativamente imbricadas: 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU (10/dezembro/2008); 40 anos da rebeliãoplanetária que tem como ícone o maio/68 francês e, no Brasil, aPasseata dos Cem Mil, protesto massivo da sociedade contra oassassinato do estudante Edson Luís Vieira Souto (28/março/1968)pelas forças policiais da ditadura militar; 40 anos da promulgaçãodo AI-5 (13/dezembro/1968) que escancarou e tornou ilimitados o terrorde Estado e a situação de barbárie instalados pela ditadura militarno país desde abril de 1964. É preciso destacar ainda os 160 anos dapublicação do Manifesto Comunista de Marx e Engels, certamente um dosdocumentos mais expressivos dos últimos 200 anos, cuja cargalibertária constitui avanço fundamental no processo civilizatório. Por tudo isto, a edição 2008 do Verão Arte Contemporânea resolveudedicar sua mostra de filmes ao tema Direitos Humanos e Utopias.
Estamostra – realizada pelo Centro de Referência Audiovisual/CRAV daFundação Municipal de Cultura, Instituto Helena Greco de DireitosHumanos e Cidadania e Augusto de Castro - será composta de uma seleção de filmes da 2a Mostra Cinema e Direitos Humanos na Américado Sul, realização da Secretaria Especial dos Direitos Humanos daPresidência da República com produção da Cinemateca Brasileira e doSESC/SP; da exibição de dois curtas realizados por autores mineiros; ede um mini-festival Frank Zappa. Os filmes abordam os temas contempladosnos trinta artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, comênfase no direito à diferença como dimensão básica de cidadania.
Será o seguinte o calendário da Mostra Direitos Humanos e Utopias,cuja programação será inteiramente gratuita:
dia 18/02/2008, Savassi Cineclube, 21:30 - exibição dogrande documentário A cidade dos fotógrafos (80') e dos curtasmineiros Arquivos imperfeitos, de Sávio Leite (10') e A ImplacávelPoluição Visual, de Shiron e Kid(5'). Os dois curtas serão exibidosao longo da semana junto com a programação regular do CineclubeSavassi;
dia 23/02/2007, Fundação de Educação Artística (RuaGonçalves Dias, , esquina co Getúlio Vargas), 19:00 – exibição doscurtas Quinze filhos e Arquivos imperfeitos, seguida de mesa redondamesa redonda sebre a articulação memória /direitos humanos/utopianos últimos 40 anos. Participação de José LuísQuadros (advogado,professor e militante dos direitos humanos) Luiz Marcos MagalhãesGomes(ex-preso político, articulador da imprensa alternativa durante aditadura militar) Marco Antônio Meier (ex-preso político, ex-banido,trocado pelo embaixador alemão em junho/1970); Moisés Catatau Augusto(sociólogo e militante dos direitos humanos). Os debates serãocoordenados por Heloisa Bizoca Greco (coordenadora do Instituto HelenaGreco de Direitos Humanos e Cidadania);
dia 24/02/2008, Fundação de Educação Artística, 19:00 –documentário Histórias de Morar e Demolições, de André Costa; 56min.
dia 25/02/2008, Fundação de Educação Artística, 19:00 -documentário Memória para Uso Diário, de Beth Formaggini; 94 MIN.
dia 26/02/2008, Fundação de Educação Artística, 19:00 -documentário Nas Terras do Bem Virá, de Alexandre Rampazzo;110mins
dia 27/02/2008, Fundação de Educação Artística, 19:00 -documentário Uma História Severina, de Debora diniz e Eliane Brum-23 MIN, Arquivos Imperfeitos de Sávio Leite – 10´, A Implacávelpoluição visual de Shiron e Kid – 3 mins – Quinze filhos de MartaNehring e Maria Morais – 20 min.
dia 28/02/2008, Fundação de Educação Artística, 19:00 -documentário Do Outro Lado, de Natália Almada – 70 mins.
dia 29/02/2008, Fundação de Educação Artística, 19:00 -documentário Mãe com rodas de Mario Piazza e Monica Chirife – 70mins.
dia 01/03/ 2008, Fundação de Educação Artística, 19:00 -documentário Reinada de Carmem, minha mãe e eu de Lorena Giachino– 94 min.
dia 02/03/2008 ao dia 05/03/ 2008 Fundação de EducaçãoArtística, 19:00 - Mini- festival Frank Zappa
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A CIDADE DOS FOTÓGRAFOS Duração: 80mins - Chile - 2006 Direção: Sebastián Moreno Roteiro: Claudia Barril, Nona Fernández e Sebastián Moreno Produção: Sebastián Moreno e Viviana Erpel Companhia Produtora: Las Películas del Pez Edição: Teresa Viera-Gallo Durante o período da ditadura do Pinochet, um grupo de chilenosfotografou os protestos e a sociedade chilena em suas mais variadasfacetas. Na rua, no ritmo dos protestos, estes fotógrafos cresceram ecriaram uma linguagem política. Para eles, fotografar era uma práticade liberdade, uma tentativa de sobrevivência, uma alternativa parapoder continuar vivendo. As suas fotografias serviram para apoiar odepoimento das vítimas da ditadura e foram fundamentais para iniciarprocessos de justiça. Alguns deles foram brutalmente reprimidos,outros assassinados... a maioria continua viva. Eles representam oinóspito passado do Chile e a metamorfose da sociedade chilena. Sãoos sobreviventes da ditadura do Pinochet ou os náufragos dademocracia. Este filme fala deles.
CURTAS ARQUIVOS IMPERFEITOS Dir: Sávio Leite – Documentário – DV – 10´ - MG – 2006. Os que jogaram bombas jamais foram pegos, como até hoje não foramresponsabilizados os que torturaram, mataram e fizeram desapareceropositores políticos da ditadura militar. Helena Greco, em Minas Gerais se tornou o símbolo da luta pelaanistia. Dava guarita a perseguidos políticos, organizava reuniões,fazia plantão em portas de delegacias e, desafiando o SNI embarcoupara Roma, representando o Brasil no Congresso Mundial de Anistia. Aos90 anos já não lembra de muitas coisas. Já não fala tanto. Ao menosjá não fala com as palavras, porém seus olhos seguem dizendo.
A IMPLACÁVEL POLUIÇÃO VISUAL Dir: Shiron & kid - 3´- MG - 2006 Kid, Shiron, Chico, Supla, Malaco, violador num video criativo criadoem protesto contra a poluição visual gerada pelas propagandaspré-eletivas.
QUINZE FILHOS Dir.: Marta Nehring e Maria Oliveira – 20'- S.P. - 1999 Documentário dirigido por duas jovens – uma filha de um guerrileiroassasinado pela ditadura militar (Marta Nehring) e outra filha deex-presos políticos (Maria Oliveira), que entrevistam outros treze namesma situação. O depoimento destes jovens – muitos deles presosjunto com os pais e/ou testemunhas oculares do assassinato deles - éextremamente contundente, refletindo de maneira fidedigna o terror deEstado institucionalizado pela ditadura militar (1964-1985) no Brasil.
HISTÓRIAS DE MORAR E DEMOLIÇÕES Origem: Brasil Ano: 2007 Duração: 56mins Direção: André Costa Produção: Danilo Concílio Companhia Produtora: Olhar periférico. Contemplado pelo Programa ItaúCultural Rumos Cinema e Vídeo 2006-2007 Edição: Danilo Concílio, Matias Lancetti e Andre Costa Quatro famílias da cidade de São Paulo vão se mudar. As suas casasforam vendidas para uma construtora de imóveis que agora irádemoli-las: o que era um lar irá se tornar um terreno sobre o qual vão surgir altos prédios residenciais e não restarão rastros dolocal onde eles moraram. Para fazer um registro de suas histórias, queestão guardadas sob esses tetos, estas pessoas decidem fazervideografias domésticas ou responder ao anúncio de uma pequenaempresa de vídeos e contratar seus serviços para registrar seusobjetos, paredes, quartos e cantos da casa.
MEMÓRIA PARA USO DIÁRIO Origem: Brasil Ano: 2007 Duração: 94mins Direção: Beth Formaggini Roteiro: Beth Formaggin Produção: Roberto Wong Companhia Produtora: 4Ventos Edição: Márcia Medeiros e Litza Godoy Ivanilda busca evidências queprovem que seu marido, desaparecido desde 1975, foi preso pelo governobrasileiro. Romildo procura pelo corpo de seu irmão num cemitério dosubúrbio carioca. Mães choram por seus filhos, assassinados pelapolícia nas favelas. Elas pertencem ao grupo "Tortura Nunca Mais"que, interagindo entre a lembrança traumática e o esquecimento,trazem à tona a memória de fatos recentes. Revelam ainda aseletividade da história oficial e constroem uma memória política.Pensam o passado para que possam libertar o futuro dos fantasmas queainda os perseguem no presente.
NAS TERRAS DO BEM-VIRÁ Origem: BRASIL Ano: 2007 Duração: 110mins Direção: Alexandre Rampazzo Produção: Tatiana Polastri Edição: Fernando Dourado Em Busca da Terra Prometida, milhares de severinos deixam suas casas eseguem rumo à Amazônia. A única coisa que carregam: a esperança. Olonga metragem "Nas Terras do Bem-Virá" costura vários casos deconflitos envolvendo esses "severinos", que caíram no trabalhoescravo, que perderam suas terras, que foram assassinados e viram seuslíderes assassinados. Casos de um povo que cansou de migrar em busca da sobrevivência edecide lutar para conseguir um pedaço de terra, deixar de ser escravoe manter viva a última grande floresta tropical do planeta.
UMA HISTÓRIA SEVERINA
Origem: BraSIL Ano: 2005 Duração: 23mins Direção: Debora Diniz y Eliane Brum Produção: Fabiana Paranhos Companhia Produtora: ImagensLivres Edição: Ramon Navarro O destino de Severina foi alterado por uma decisão da Corte Suprema deJustiça. Grávida de quatro meses de um feto sem cérebro, Severinaestava hospitalizada na mesma tarde em que o tribunal anulou aautorização para interromper a gestação. Era 20 de outubro de 2004.Plantadora de brócolis em uma cidade do interior, Chã Grande, noBrasil, esposa de Rosivaldo e mãe de Walmir, Severina passa trêsmeses peregrinando por tribunais e maternidades. Pede para ter osofrimento abreviado. O documentário é um testemunho dessatrajetória – conta o longo dia seguinte, que não foi presenciadopelos juízes.
Origem: BraSIL Ano: 2005 Duração: 23mins Direção: Debora Diniz y Eliane Brum Produção: Fabiana Paranhos Companhia Produtora: ImagensLivres Edição: Ramon Navarro O destino de Severina foi alterado por uma decisão da Corte Suprema deJustiça. Grávida de quatro meses de um feto sem cérebro, Severinaestava hospitalizada na mesma tarde em que o tribunal anulou aautorização para interromper a gestação. Era 20 de outubro de 2004.Plantadora de brócolis em uma cidade do interior, Chã Grande, noBrasil, esposa de Rosivaldo e mãe de Walmir, Severina passa trêsmeses peregrinando por tribunais e maternidades. Pede para ter osofrimento abreviado. O documentário é um testemunho dessatrajetória – conta o longo dia seguinte, que não foi presenciadopelos juízes.
DO OUTRO LADO Mexico Ano: 2005 Duração: 70mins Direção: Natalia Almada Produção: Natalia Almada, Kent Rogowski, Tommaso Fiacchino Companhia Produtora: Altamura Films Edição: Natalia Almada Do outro lado" aborda a problemática da migração, porém da óticadaqueles que ficam. Três países, três culturas, três realidadesdiferentes que servem de cenário para adentrarmos na vida de trêsgarotos (um mexicano, um cubano e uma garrota marroquina) quecompartilham o mesmo sentimento, a ausência de um ente querido e anecessidade de trazê-lo de volta para casa.
MÃE COM RODAS Origem: Argentina Ano: 2006 Duração: 70mins Direção: Mario Piazza e Mónica Chirife Produção: Marcelo Céspedes Companhia Produtora: Cine Ojo Edição: Hernán Buffa, Carmen Guarini, Mario Piazza Mónica teve poliomielite aos seis anos, durante uma das epidemiasnacionais, em 1957. Mesmo que a doença tenha lhe ocasionado uma gravediminuição na mobilidade de seus braços e pernas, Mónica teveforças para desenvolver a sua vida, trabalhando como professoraparticular de inglês, tendo posteriormente se apaixonado e enfrentadoo desafio de ser mãe. Após o nascimento de sua filha, Mónica sentiu
a necessidade de testemunhar a experiência das mulheres em condiçõessemelhantes à sua e partiu para a realização de um documentáriosobre suas "colegas", as "mães com rodas", com a ajuda de seu maridocineasta.
a necessidade de testemunhar a experiência das mulheres em condiçõessemelhantes à sua e partiu para a realização de um documentáriosobre suas "colegas", as "mães com rodas", com a ajuda de seu maridocineasta.
REINALDA DE CARMEM, MINHA MÃE E EU Origem: Chile Ano: 2006 Duração: 85mins Direção: Lorena Giachino Torréns Produção: Lorena Blas Companhia Produtora: Errante Producciones Edição: Guillermo Cifuentes Em forma de documentário, a diretora do filme tenta recuperar ereconstruir a história da relação entre sua mãe Jacqueline, queperdeu a memória três anos antes por causa de uma descompensaçãodiabética, e Reinalda del Carmen, sua melhor amiga da Universidade,prisioneira desaparecida durante a ditadura e a repressão chilenas. Através de testemunhos e percursos pelos cenários dessa amizade,surgem os traços do vínculo entre Jacqueline e Reinalda, que esperavaum filho no momento de seu seqüestro. Um destino que não conhecemos; um ato falho na recuperação damemória; uma reflexão sobre a amizade, a maternidade e a perda.
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